OPINIÃO

Cavalo de Tróia

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A aliança entre o PP e PDT, há muito tempo não é espúria, aliás, desde os tempos de Brizola. O que se ouvia, entre sussurros e muxoxos esparsos, era um desdém de paixão ausente. Arredondando a percepção, a memória do incidente eleitoral de 1992, ano em que Osvaldo Gomes venceu o pleito por margem reduzida, não estava plenamente esquecida. Sem recorrer ao mérito, funcionou como cabo de bateria velha de um carro parado há longo tempo, encoberto pelo zinabre. O contato difícil para o arranque. Assim, alguns veteranos trabalhistas não estranharam a sigla dita conservadora, mas o nome do candidato que não aglutinou o movimento. Na verdade, o silêncio de líderes históricos, de bravos guerreiros pedetistas, funcionou como em contraposição ao presente ou dote da aliança, como no episódio do Cavalo de Tróia. A composição de Zé Ramalho e Otacílio Batista sintetiza: “Numa luta de gregos e troianos,/ por Helena, a mulher de Menelau,/ conta a história de um cavalo de pau/  terminava uma guerra de dez anos/. Menelau, o maior dos espartanos/ venceu Páris, o grande sedutor/ humilhando a família de Heitor,/ em defesa da honra caprichosa!” A memória é assim, não mata, mas alfineta borboletas incautas.

Luciano fenômeno
O prefeito Luciano Azevedo, com a vitória estrondosa para o segundo mandato, acaba de conformar recorde de votação em termos absolutos e proporcional ao eleitorado. Talento e obstinação, com a dedicação de muitos anos ao convívio político, estudos e paciência. Tanto pela sua capacidade e oportunidade na advocacia, como no jornalismo, preparou-se e exerceu a prática profissional. Angariou saber do marketing político, mas se concentrou em projetos efetivos. Por fim, teceu com sua equipe uma coligação ampla. Num período da vida nacional onde o dinheiro some e as obras esmorecem, Luciano salientou sua administração em projetos que beneficiaram vários flancos do município. O visual da cidade mudou, e com estímulo à cidadania. Basta ver o complexo da Gare, empolgante e sugerindo preferência às pessoas, sem a hegemonia do automóvel.

 

Graúdos na mira
As operações da PF continuam devastando núcleos de elite. É o  Vital do Rego, o governador Rui Castro, Mário Negromonte e tantos que se imaginavam intocáveis. A casa cai! E são de vários partidos!

 

Lixo
Agora vem a explicação sobre os ratos que surgiram no Congresso Nacional. E tem muito rato, no maior lixão do continente em Brasília. Não entendam mal. É lixo dejeto, ainda assim menor que o lixo moral!

 

Mesa Um
A programação da confraria da Mesa Um do Bar Oasis segue implacável, após a magna recepção de Bernardo Arenzon. Nesta quinta-feira, Eden Pedroso estará recepcionando os confrades com jantar na sede Campestre do Clube Comercial. Cautelas óbvias levaram ao transporte coletivo. A Van do Turco sai do Bar Oasis ao entardecer de quinta-feira para facilitar o retorno à noite!

 

Retoques:

  • Já era escassa. E está reduzindo a popularidade do presidente Temer. Não é bom pra ninguém à medida que também cai a empregabilidade.
  • Perdemos o convívio de uma grande educadora que pregava coisas simples com muita coragem. Fica em paz, madrinha Selma Costamilan, como dizia o saudoso Santarém!
  • Neste final de semana o Coral Ricordi D’Itália vai cantar em Carazinho, num encontro muito alegre de corais da região. Muitas canções, comida boa e vinho! A coordenadora Glaci e sua equipe providenciaram tudo.
  •  Venha como vier. A notícia da nova fórmula da Jornada Nacional de Literatura é a insistência nos valores do conhecimento. Semente que virou planta vigorosa!
  • A primavera veio falante e estridente. A cada ano parece mais linda. Como diz a música de Peppino Gagliardi, dos anos 70, “Son tornate  le viole quaggiù, ma non hanno colore per me/...come le vile anche tu ritornerai”
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