O Ministério do Trabalho interditou ontem à tarde, a coleta de lixo realizada pela Via Norte em Passo Fundo. A empresa, contratada pela prefeitura por meio de licitação, através da Secretaria do Meio Ambiente, é responsável por recolher cerca de 75% de todo o lixo produzido no município. Segundo funcionários, na decisão, o Ministério do Trabalho exige algumas adequações nas atividades desempenhadas pelos garis. Uma delas é evitar que os trabalhadores permaneçam pendurados na traseira do caminhão durante os deslocamentos.
O MT também fez apontamentos relacionados ao número reduzido de funcionários para atender toda a demanda da cidade. A empresa disponibiliza entre 65 a 70 pessoas para a coleta em dois turnos. Também mencionou os riscos à saúde que o esforço repetitivo, como se abaixar para recolher as sacolas do chão, podem trazer ao trabalhador. No final da tarde de ontem, a direção da empresa se reuniu para tentar reverter a decisão. A intenção era solicitar um prazo para adequações das exigências feitas pelo Ministério do Trabalho. “Pedimos a colaboração dos passo-fundenses para que não coloquem o lixo para fora até revertermos essa situação” orientou um dos funcionários. O secretário do meio ambiente, Rubens Astolfi reforçou a necessidade de um prazo para adequação.”Vamos buscar uma alternativa através do diálogo e acompanhar as medidas adotadas pela Via Norte para que o serviço seja retomado o quanto antes.
O MT já havia tomado uma decisão semelhante, no dia 16 de setembro, quando interditou a coleta de lixo feita pela empresa Codepas, na área central da cidade. Baseado em um relatório elaborado por seis auditores fiscais, constatou-se problemas de segurança para os garis. A empresa cumpriu as adequações e a coleta foi retomada no dia seguinte.