OPINIÃO

Teclando

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Teclando

 Luiz Carlos Schneider

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 Os números não justificam

Segundo estimava do IBGE (julho/2016) a população de Porto Alegre é de 1.481.019, Passo Fundo 197.798 e Erechim 102.906 habitantes. No feriado de 12 de Outubro, os supermercados abriram em Porto Alegre e Erechim, enquanto em Passo Fundo permaneceram fechados. Na Capital, cidade grande em magnitude e discernimento, preponderou o livre-arbítrio e os supermercados abriram normalmente “em horários a critério de cada rede”. Já em Erechim o Supermercado Master, que abriu das 9 às 19 horas, esteve muito movimentado. Então, imaginem como explicar isso para uma criança? Como justificar que numa cidade com o dobro da população os supermercados estavam fechados? Para esclarecer, seria necessário comprovar que haveria alguma anormalidade em Porto Alegre e em Erechim. Mas o erro está aqui. Nos recentes feriados houve uma sequência de fechamentos em Passo Fundo: 7 de Setembro, 20 de Setembro e 12 de Outubro. No próximo domingo, 23 de outubro (seria em homenagem ao Dia do Aviador?), os supermercados também não abrirão. Ou seja, em apenas 47 dias serão quatro com as portas fechadas. A exceção já virou regra. Ou os números do IBGE estariam errados?

Golpe na baderna

Na madrugada de sábado, um golpe atingiu a habitual baderna no centro de Passo Fundo. A rotina de algazarras e bebedeiras foi interrompida por uma operação de combate à criminalidade. A ação foi realizada em conjunto pela Brigada Militar e Ministério Púbico, com apoio do Conselho Tutelar e Guarda de Trânsito. Desta vez a operação foi no olho do furacão, na Independência a partir da esquina com a Bento. Dentre centenas de pessoas que foram identificadas, estavam 95 adolescentes, pois a baderna agrega uma triste combinação de menores, álcool e drogas. Uma sequência de operações como esta pode ser o início do fim da baderna. Um trabalho que supera dificuldades pelo reduzido efetivo da BM e que, ainda, necessita da eficácia de leis que, por exemplo, proíbam o consumo de bebidas alcoólicas em via pública. O importante é que a baderna perdeu mais um round.

 Malas fantasiadas

Lá em Itapema, meu amigo Fernando Nascimento sempre dizia que não há nada mais ridículo do que o ser humano. Com apenas uma pitada de crítica ao olhar, concordo com o Fernandão. O ser humano é, de fato, caricato por natureza. Exemplos abundam. Observem que há quem desfila por aí com um modelito utilizado no exercício de uma atividade, mas essa não é e nunca foi a profissão do sujeito. Já quem é profissional de fato e de direito, não usa porque a grana tá curta para comprar supérfluos. Os que não são, se fazem e se acham. Os que são não necessitam disso. Já para quem é do ramo há muito tempo, o absurdo provoca gargalhadas. Tão ridículo, que poderia emprestar o nome para marca de xarope, embalado em uma caixinha lisa e sem pegador. Mala sem alça é um mal que não acaba.

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Trilha sonora

Carpenters é sinônimo de sucesso. Os irmãos Karen e Richard Carpenter formaram uma dupla com muita harmonia. A voz de Karen carregava a doçura com um timbre agradável e cativante. Em 1975 o sucesso foi Only Yesterday.

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