Um grupo de idosas da comunidade Nossa Senhora da Paz, no interior de Passo Fundo, seguia, na quinta-feira à tarde, para a Escola Municipal Padre Vieira, conhecida como Brizoleta, para realizar atividades do grupo da Coordenadoria de Atenção ao Idoso (COMAI) – antigo Departamento de Atenção à Terceira Idade (DATI) –, quando perceberam que um dos vidros da escola havia sido quebrado. Momentos depois, elas notaram que a Igreja Nossa Senhora da Paz, que fica no mesmo terreno, também estava com vidraças quebradas e a porta lateral de madeira arrombada.
O grupo acionou a Brigada Militar, que compareceu ao local e constatou uma situação ainda mais grave quando conseguiram uma chave para abrir a porta da igreja. Uma cruz de ferro estava jogada no chão; a parede estava rabiscada com a palavra “erraram”; no altar, a bíblia e os santos de cerâmicas estavam queimados; além de outros objetos danificados e pedras abandonadas no local. Quando foram até o cemitério, que fica entre a escola e a igreja, para averiguar se alguma depredação também havia sido registrada lá, notaram que a cruz de ferro, encontrada anteriormente no chão da igreja, havia sido retirada de um dos túmulos e um dos jazigos estava com os vidros quebrados.
A cena destoa da calmaria encontrada na localidade, mas, segundo a aposentada Geni Terezinha Roehrig, residente da comunidade há mais de 40 anos, esta não é a primeira vez que algo parecido acontece. Ela foi uma das moradoras a passar pelo local na tarde de quinta-feira e perceber os vidros quebrados. “Isso já aconteceu há alguns anos, mas só tinham quebrado vidros. Na época, a Presidência da comunidade não quis denunciar, talvez por medo, mas temos o direito de saber para poder tomar alguma providência”. Ela diz que, embora não tenham câmeras no local para facilitar a descoberta do responsável, está esperançosa de que, desta vez, alguma resposta seja obtida. “O pior foi na igreja, mas é triste ver a escola sendo vandalizada também, todos os meus filhos estudaram ali, é uma parte da comunidade. Não conseguimos entender porque alguém faria isso”.
O caso foi encaminhado ao Instituto Geral de Perícias e um perito esteve no local na tarde desta sexta-feira (28) avaliando a situação. Até então, não há suspeitas de quem pode ter cometido os atos. Segundo Geni, a comunidade planeja procurar ajuda da Prefeitura para reparar os estragos, mas os moradores já combinaram uma mobilização para fazer a limpeza da igreja por conta própria assim que a perícia for concluída.
Igreja Católica vandalizada
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