O mês de outubro se encerrou como o terceiro mais chuvoso dos últimos 36 anos. De acordo com os dados coletados na Estação Meteorológica da Embrapa Trigo/Inmet, o acumulado de chuva no período foi de 370 milímetros, enquanto a média esperada era de 153mm. Para esta semana a chegada de uma área de instabilidade traz a chuva de volta, porém com menor intensidade em relação a outras regiões do Estado.
Conforme o observador meteorológico Ivegndonei Sampaio uma forte área de instabilidade chega à região no início desta quarta-feira e ocasiona pancadas de chuva por vezes forte, trovoadas e rajadas de vento de moderada intensidade, A partir da noite as temperaturas devem entrar em ligeiro declínio. A mínima fica em 15ºC e a máxima não deve passar dos 23ºC.
Amanhã, o dia se inicia com céu nublado passando a parcialmente nublado. Há a possibilidade de formação de névoa úmida ao amanhecer. A quinta-feira começa com mínima de 8ºC e máxima que não passa dos 22ºC, devido à entrada de um ar frio e seco. Na sexta-feira, o dia se inicia com céu claro a parcialmente nublado, mínima 12ºC e máxima 27ºC, com temperaturas em elevação.
Chuva no ano
Até o final do mês de outubro o total acumulado de chuva durante o ano era de 1.703mm, que representa 96% da média esperada para 2016, que é de 1.803mm. Conforme o último boletim climático divulgado pelo 8ºDism/Inmet e CPPMet/UFPEL, para o Rio Grande do Sul, ainda não há indicativos de configuração plena do fenômeno La Niña. A Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial Central permanece com anomalias negativas, no entanto percebe-se redução dessa anomalia na parte leste. Com isso, o fenômeno pode evoluir para um evento de fraca intensidade.
O boletim indica que a permanência de anomalias negativas nestes últimos meses no Pacifico Equatorial Central, mesmo sem configuração totalmente de um novo evento La Niña, associado ao padrão próximo à normalidade no Atlântico Sul, são indicadores que a circulação atmosférica manterá redução da umidade sobre o Rio Grande do Sul.
Trimestre
A regularidade das massas frias juntamente com a redução de umidade contribuirá para diminuição das precipitações, nos meses de novembro e dezembro. O predomínio de massas com menor umidade causará maior amplitude térmica diária até o final da primavera. Para novembro, esperam-se precipitações abaixo do padrão, principalmente no noroeste do Estado. Em dezembro, o modelo mantém o padrão de precipitações pouco abaixo em todas as regiões. Para janeiro, a tendência é de precipitações dentro do padrão climatológico em praticamente todo o Estado, aponta o documento.
Temperaturas
O mês de outubro foi marcado por temperaturas mínimas de 5ºC, registrados na segunda quinzena. Sampaio explica que, apesar de não ser tão frequente, a ocorrência não representa nenhuma anomalia. Em outros anos, chegou a se registrar mínimas de 4ºC no mês de outubro. O prognóstico regional para as temperaturas mínimas mostra, para os meses de novembro e dezembro, valores médios pouco abaixo do padrão climatológico na maior parte do Estado. Em janeiro deverão predominar valores pouco acima do padrão no Oeste e dentro do padrão nas demais regiões.
Para as temperaturas máximas, o modelo aponta, para o mês de novembro, temperaturas médias pouco acima do padrão, especialmente no oeste do Estado e dentro do padrão nas demais regiões. Para os meses de dezembro e janeiro, a tendência é predominar valores dentro do padrão normal na maior parte do Estado.
Além disso, o predomínio de períodos mais secos durante este trimestre contribuirá para aumentar a amplitude térmica diária (características dessa estação), mantendo noites um pouco mais frias e tardes mais quentes, especialmente no final da primavera.