Bullying e mobbing em pauta

Palestra mobilizou educadores ao entendimento e debate do assunto

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Cerca de 90 educadores compareceram à palestraCerca de 90 educadores compareceram à palestra
Cerca de 90 educadores compareceram à palestra
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Cerca de 90 educadores de escolas do município compareceram, na tarde desta quarta-feira (9), à Faculdade Anhanguera, onde os autores do livro “Vaivém”, Jorge Salton e Adelmir Sciessere, ministraram palestra sobre bullying e mobbing. Além de educadores, estiveram presentes no evento a promotora de justiça do Ministério Público de Passo Fundo, Ana Cristina Ferrareze Cirne, o secretário municipal de educação, Edemilson Brandão, o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, Santos Olavo Misturini, e representantes do Conselho Tutelar.
A obra fez parte da programação da Feira do Livro deste ano e é destinada, especialmente, a educadores, jovens e adultos. O título, vaivém, refere-se a um método de aprimoramento da capacidade de conhecer, de sentir e de agir, para prevenir o bullying, mobbing e outros tipos de violência, mas também preparar os indivíduos para que sejam capazes de interagir e respeitar o universo, alcançando com mais facilidade a sensação de bem-estar e de felicidade. Embora o termo bullying – utilizado para descrever atos repetidos de violência física e psicológica, comumente presenciados em ambiente escolar – já tenha se tornado comum no dia-a-dia, o mobbing ainda é pouco conhecido. Trata-se de uma violência similar, mas que é praticada por adultos e, na maior parte das vezes, no ambiente de trabalho.
Durante a palestra, o psiquiatra e escritor Jorge Salton destacou a importância de saber diferenciar o bullying e o mobbing de fatos isolados, já que estes se referem somente a práticas constantes de violência a um mesmo indivíduo. “Às vezes pode ser difícil identificar. Muitas das pessoas que praticam o bullying são extremamente carismáticas e fazem as pessoas rirem de suas piadas, mas são brincadeiras que, na verdade, promovem a humilhação”. Ele explica que estes atos só podem ser combatidos através da empatia, um comportamento que exige prática. “Empatia é a combinação de conhecer, sentir e agir. O vaivém é a prática destes três itens. É deixar de ser estátua, se mover e ver de outro ângulo. Conhecer além de si”.
Diretora no Instituto Menino Deus, Márcia Muccini diz que eventos como este fortalecem o entendimento dos educadores sobre o modo correto de realizar a mediação diante da situação do bullying, considerando os dois lados: tanto do agressor, quanto do agredido. “É algo delicado, então precisamos exercitar mais o olhar sensível com os alunos, com tempo e dedicação. Como os palestrantes comentaram, antes de mais nada, é preciso ter entendimento a respeito da empatia”.

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