A ligação entre alimentação e o surgimento ou agravamento de várias doenças está mais evidente. E o oposto também: cada vez mais estudos provam que alguns alimentos podem melhorar a saúde.
No caso do câncer, não só o consumo em excesso e por longos períodos de alguns alimentos, como até mesmo o modo de prepará-los, pode colaborar para que a doença surja. Neste grupo entrariam gorduras e frituras, por exemplo.
Os apreciadores da carne bem passada e escura do churrasco correm riscos, pois este tipo de carne tem a presença de nitrosaminas, compostos químicos cancerígenos. O ideal é que a ingesta de carne vermelha seja menor do que 500 gramas por semana.
Já sabemos que a alimentação tem forte relação com câncer de intestino, estômago, próstata e da mama. Mas a alimentação não age sozinha. O que importa é o comportamento geral da pessoa, sendo que o sedentarismo, uso abusivo de álcool e tabagismo são fatores importantes. A doença surge quando não há um equilíbrio no organismo, o que causa também obesidade, sobrepeso e diabetes.
Até 50% e 60% dos casos de câncer surgem por alteração ambiental ou externas, e uma das principais é a alimentação desequilibrada. Talvez este seja um dos fatos que apontam a região sul do país com um alto índice de câncer.
Devemos evitar o consumo em excesso de carnes vermelhas, embutidos (presunto, linguiça e salsicha), priorizar carnes brancas, frutas e verduras. Tambem não manter somente uma alimentação saudável, mas relacionar isso com estilo de vida saudável (baixa ingesta de álcool, não fumar, evitar sedentarismo, obesidade e diminuir consumo açúcares). É uma somatória de fatores.
O uso bem ponderado de vinho pode ser protetor. Assim como nas doenças cardiovasculares, os flavonoides presentes nesta bebida, parecem ter um efeito anti-tumoral. Eles agem como um antioxidante.
Muito importante também, é que pessoas com histórico familiar de câncer, além dos cuidados alimentares, fiquem atentas aos possíveis sinais e façam os exames preventivos, sempre com acompanhamento médico.