Um sujeito conhecido pela rapidez de seus atos sexuais decreta: sou rápido, mas sou intenso. Talvez seja o que importe, a intensidade de tudo, do amor, da amizade, da volúpia, da fé, da vida, enfim. Por que razão as coisas todas deveriam ser eternas? Porque há tempo de rir e de chorar, há tempo de vencer e de perder.
Fui à feira do livro e comprei edições sobre espiritismo como Divaldo, sobre Associação dos Médicos Espíritas do Brasil e um de autoria de Cairbar Schutel escrito em 1928 intitulado Parábolas e Ensinos de Jesus, o qual recomendo por ser muito esclarecedor sobre as parábolas constadas no Novo Testamento. Minha filha está trazendo Nelson Motta com as 101 músicas da MPB que marcaram nossa história e O Mistério de Orion, de Robert Bauval em que esmiúça dados estarrecedores sobre a construção da pirâmides do Egito e suas relações com a constelação de Orion (três marias), detalhes que marcam o número Pi centenas antes de os matemáticos conseguirem desdobrá-los e detalhes sobre como que a multiplicação de suas bases pelo raio marca a distância entre a terra e o sol, isto há 5 mil anos. Intrigante, não é mesmo? Recomendo, também. Adquiri Educando para a Vida e a Morte, da encantadora enfermeira e amiga Adriana Bertoletti e Verdades e Mentiras, Cortella&Dimenstein&Karnal&Pondé. Ufa, mas ainda é pouco. Queria adquirir mais, não sei aonde acondicionar tudo o que gostaria. Estou lendo Richard Dawkins – A Magia da Realidade -como sabemos o que é verdade.
Raimundo Fagner e banda completa canta no Araújo Vianna neste sábado. Mercedes Sosa ao cantar com ele (já havia cantado com Milton Nascimento) declarou, à época, é o melhor cantor do Brasil. Encantei-me com ele com Revelações (1979) num clipe do Fantástico, antes mesmo de Mucuripe. Queria estar lá para cantar Revelações e Encosta Tua cabecinha no Meu Ombro e Chora, esta em dueto com minha mãe novamente porque assim fazíamos em 1960. Com Fagner desceu do nordeste uma turma legal: Alceu Valença, Zé Ramalho e Amelinha e Belchior. Esse, merece crônica à parte devido a excentricidade e intensidade de suas letras e que foram gravadas por inúmeros parceiros incluindo Elis (como nossos pais) e Antônio Marcos, na maravilhosa “camisa toda suja de batom”.
Este fim-de-semana marca o encontro preparatório para a comemoração de 35 anos de formatura. Colegas vêm de todos os lados, é preciso aproveitá-los como eles a nós. Falaremos de conquistas e decepções, falaremos de trajetórias e dificuldades, muitas vezes suprimidas do conhecimento alheio, que marcaram nosso período de universitários, falaremos dos filhos, nossas alegrias e tristezas. Sobretudo beberemos, sobretudo reconviveremos e seremos reconduzidos às décadas de 70-80, tempos de Fagner-Belchior-Blitz-Supertramp, não como velhinhos nostálgicos e sim como detentores da certeza das nossas existências- rapidinhas, com certeza mas, que deveriam, também com certeza, ser mais intensas. Tudo parece que foi ontem e foi, tudo parece ser rápido demais e é. Que pena.
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