Ministério Público do Trabalho começa operação na JBS

A reinspeção objetiva verificar se avícola solucionou problemas ergonômicos e de gestão de risco

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Começou, às 8h da manhã desta terça-feira (22/11), nova operação da força-tarefa estadual dos frigoríficos gaúchos. O alvo agora é a JBS Aves Ltda., em Passo Fundo (RS). A ação é coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A planta já havia sido inspecionada, há quase dois anos, quando foi interditada na ação conjunta com o Ministério do Trabalho (MT). Esta reinspeção objetiva verificar se a avícola solucionou problemas ergonômicos e de gestão de risco que motivaram sua interdição. O Município passo-fundense está localizado na região do Planalto, a 289 km da Capital, Porto Alegre. A força-tarefa investiga saúde e segurança no ambiente do trabalho, desde janeiro de 2014.

O grupamento operacional chegou de surpresa ao local e foi recebido pelo gerente da fábrica, Paulo Stein. A ação deverá se estender até sexta-feira. A planta fica na rua Felipe Muliterno, 505, Vila Matos. Abate entre 230 mil frangos por dia (160 mil no 1º turno e 70 mil no 2º) e tem 1.900 trabalhadores, divididos em dois turnos de 8h48min cada, de segunda a sexta-feira.

A força-tarefa integra o projeto do MPT de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos, que visa à redução das doenças profissionais e do trabalho, identificando os problemas e adotando medidas extrajudiciais e judiciais. Até agora, com esta, foram 42 ações da força-tarefa (9 em 2014, 21 em 2015 e 12 em 2016). Destas, 17 operações foram em avícolas, 22 em bovinas e em suínas, 1 em fábrica de rações e 2 em processamento de alimentos (sem abate). Interdições de máquinas e atividades paralisaram 15 plantas (6 avícolas - sendo 1 por duas vezes, 5 bovinas, 3 suínas e 1 de processamento de alimentos - sem abate) em vistorias com participação do MT. O calendário de 2017 já foi definido pelo MPT e prevê novas inspeções em todas regiões gaúchas.

Em 19 de dezembro de 2014, a JBS teve interditados todos os trabalhos dos setores de expedição e de plataforma, especificamente a atividade de descarregamento de frangos dos veículos. O motivo foi, novamente, a constatação de situação de risco grave e iminente à saúde e à integridade física dos trabalhadores. Também tinham sido interditadas três máquinas embaladoras de peitos de frangos na sala de cortes, três máquinas de limpeza de moela no setor de inspeção federal, quatro máquinas digestoras de penas na fábrica de farinha. Também foram paralisados o setor de montagem de caixas de papelão, uma serra de carcaça na manutenção e a sala de máquinas nº 01. Apesar da interdição ser parcial, na prática inviabilizou o funcionamento da fábrica.

Fonte: MPT

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