Férias reduzidas

Devido às greves e ocupações em escolas estaduais do município, 27 escolas passo-fundenses precisaram prolongar o calendário escolar

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Dezembro e janeiro são conhecidos, culturalmente, como meses de férias no Brasil. Neste ano, no entanto, a realidade será um pouco diferente para professores e alunos passo-fundenses da Rede Estadual que aderiram a greves e ocupações no decorrer de 2016. Em algumas escolas, o período letivo será prolongado até 17 de janeiro para reposição da carga horária.
De acordo com informações da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ª CRE), 16 escolas aderiram à greve dos professores e outras 11 foram ocupadas por alunos. Com isso, das 38 escolas estaduais de Passo Fundo, 27 precisaram apresentar calendário de atividades para reposição do conteúdo perdido. A maioria das escolas terá aulas até metade de janeiro. O Colégio Estadual Joaquim Fagundes dos Reis foi o único a conseguir organizar o calendário com atividades alternativas, de modo que o ano letivo possa ser encerrado até o último dia útil de dezembro. A medida é necessária para cumprimento das 800 horas letivas previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), por meio da Lei Federal 9394/96. Cada escola teve autonomia para decidir como o próprio calendário seria organizado e o apresentou pela primeira vez no início do segundo semestre deste ano, mas alguns foram devolvidos para que readequações fossem realizadas.
Segundo o coordenador da 7ª CRE, Santos Olavo Misturini, algumas escolas haviam apresentado atividades sem cunho educativo como meio de recuperar horas letivas, o que não é permitido. Agora, todas as propostas de calendários já foram aprovadas pelo Conselho Escolar. O coordenador ressalta que, apesar da aprovação, algumas escolas precisarão ser reavaliadas. “Tivemos alguns casos de escolas que propuseram atividades no sábado e em feriados, mas a maioria dos alunos não compareceu. Na Escola Cecy Leite Costa, por exemplo, em um dos sábados deste mês previsto para reposição, apenas seis alunos foram até a escola, enquanto havia 17 professores disponíveis”. Misturini avisa que a honestidade do ocorrido será investigada e, caso seja confirmado que os alunos não foram avisados corretamente e haja a reinvindicação da comunidade, a escola precisará recuperar estas horas de atividades. “Pela ética, o correto é que ao menos 75% dos alunos estejam presentes para que as horas sejam válidas”, explica.
Por terem sidos definidos individualmente, as escolas apresentam calendários diferentes e informações a respeito deles devem ser obtidas na secretaria de cada escola desejada. Outras dúvidas podem ser sanadas com a 7ª CRE, no telefone (54) 3311-3909.

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