Reação à altura
A reação do Ministério Público Federal à emenda aprovada ao Pacote Anticorrupção, foi à altura do descalabro protagonizado pela Câmara dos deputados, na calada da madrugada desta terça-feira. Os parlamentares alteraram seis dos 10 itens propostos pelo MPF contra a corrupção e ainda aprovaram emenda que prevê uma sanção penal para procuradores e promotores em casos de abuso de autoridade, e ainda sujeita ambos a “indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado”. Os procuradores ameaçam abandonar a Lava Jato, caso a emenda seja mantida na futura lei. Se alguém tinha alguma dúvida da falta total de isenção do Congresso para aprovar leis que contrariam os próprios interesses, eis a resposta. Num extinto de autopreservação (terminologia usada pelo próprio MPF), os deputados deformaram a proposta original que tinha o aval de dois milhões de brasileiros. A única esperança que resta está em 2018: cartão vermelho para fanfarrão.
Voltas
No meio da entrevista coletiva dada ontem, o procurador Deltan Dallgnol fez uma observação curiosa. Segundo ele, até o governo Dilma Rousseff avançou com propostas contra a corrupção muito melhores que as que foram aprovadas. Sabe quando começa a cair a carapuça? É....
Foi dito
“Criminalizar a jurisdição é fulminar a democracia. Eu pergunto a quem isso interessa? Não ao povo, certamente. Não aos democratas, por óbvio”. Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia.
Sinuca de bico
É compreensível a preocupação dos representantes sindicais dos servidores municipais em relação ao fim do ticket alimentação dos inativos. O ganho mensal fica reduzido e qualquer valor faz a diferença no orçamento doméstico. No entanto, a decisão é judicial e cabe ao Executivo, através dos representantes jurídicos, cumpri-la sob pena de sanções mais graves. Isso aconteceu em todas as cidades onde a distorção era mantida. Distorção, porque não existe vale-alimentação para aposentado. Este e um benefício do trabalhador na ativa.
Expectativa
Aeroporto de Passo Fundo é o segundo na lista de prioridade. Depois de Maringá, as obras começam por aqui. Expectativa é boa para 2017.
