Passo Fundo está entre as 100 cidades com o maior número de casos de Aids no Brasil. Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2015, a média nacional de casos notificados dessa doença é de 20,5 casos por 100 mil habitantes. O Rio Grande do Sul é o segundo estado com maior número de casos, com 38 casos por 100 mil habitantes. Diante da população cronicamente infectada e não diagnosticada, o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) da Secretaria Municipal da Saúde, juntamente com a turma do IX nível do curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo, realizam, nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, uma Campanha de Combate à Aids.
A ação conta com a colaboração de vinte alunos do IX nível do curso de Enfermagem da UPF e conta também com o apoio de profissionais do SAE. A atividade iniciou às 8h30min e segue até as 16h, na Praça Tochetto. Durante a ação, é feita a abordagem à população pelos acadêmicos de Enfermagem, oportunizando orientações e esclarecimento de dúvidas sobre a Aids/HIV. Além disso, os interessados podem realizar testes rápidos de HIV, Hepatites e Sifílis.
O dia 1º de dezembro marca o Dia Internacional da Luta contra a Aids e, neste dia, são realizadas diferentes ações no mundo todo, com o objetivo conscientizar a população. Coordenadora da atividade realizada pela UPF, a professora Sandra Vanini destaca que, nesta edição, a campanha inovou o atendimento, levando os consultórios para a praça. “Estamos mais próximos da população e isso tem facilitado bastante o atendimento”, comenta ela.
De acordo com a professora, surpreendeu a grande procura por parte dos homens, que nesta campanha têm sido o maior público a buscar a realização dos testes. “Geralmente, são as mulheres que buscam atendimento, mas, desta vez, os homens estão surpreendendo. Acredito que teremos um número significativo de testagens nesta ação”, destaca a professora.
A intenção, com a campanha, é sensibilizar para o Dia Internacional da Luta contra a Aids, realizar testagem e detecção precoce de casos e, ainda, trabalhar questões relacionadas ao preconceito com o paciente portador. A bióloga Carla Scalon foi uma das pacientes atendidas. Além de fazer o teste, ela também convidou o pai, Sergio Scalon, de 66 anos, para que também pudesse realizar o exame. “Acho interessante porque é um método gratuito e eficaz, que tem o resultado rápido. Se deixa para fazer no dia a dia, acabamos não fazendo e, como aqui está disponível e é rápido, fica mais fácil”, diz ela.
Para realizar o teste, basta apresentar um documento, preencher um formulário e fazer a coleta de uma gota de sangue. O resultado desses testes é liberado em 30 minutos. Casos positivos são encaminhados ao serviço de atendimento especializado e recebem todo o acompanhamento necessário.