Cartazes de grandes pensadores exibiam frases sobre o que é aprender, na sala de aula preparada para receber 20 crianças de 5 e 6 anos da Escola de Educação Infantil Cantinho Feliz. O motivo era a formatura de mais uma turma do Berçário de Hackers, iniciativa que surgiu dentro do Programa Escola de Hackers, da Prefeitura de Passo Fundo, que ensina noções básicas de lógica de programação de computadores.
Foram meses de aula e preparação, como conta a pedagoga da turma, Caroline da Silva Furini. “No primeiro semestre as atividades foram de classificação, ordenação, significado de número, formas geométricas, lateralidade, correspondência entre quantidade e forma, enfim, muitas ações que trabalharam os movimentos, o corpo. Nessa fase eles também trabalharam com jogos livres no tablet. No segundo semestre iniciamos a programação de computadores com o software ScratchJr. A primeira etapa foi essencial para introduzir a programação”, explicou ela, que nota a evolução dos alunos desde o início: “se percebe a evolução na visão deles enquanto crianças e na relação deles com a tecnologia”, finalizou.
O Programa Escola de Hackers tem a intenção de oportunizar um espaço para o desenvolvimento de competências na área de programação de computadores e de raciocínio lógico-matemático para estudantes das escolas públicas municipais. Entre seus objetivos, busca criar alternativas de utilização para os laboratórios de informática das escolas públicas, proporcionar atividades que visam o desenvolvimento de processos criativos, sistemáticos e colaborativos de aprendizagem e, por fim, fomentar o interesse em torno das áreas de informática e matemática.
Para o secretário de Educação, Edemilson Brandão, o programa já é referência. “O nosso modelo do Escola de Hackers foi considerado referência educacional no Estado em 2015. O projeto ganhou uma proporção tão grande que outros municípios nos procuram para conhecer a experiência. É isso que queremos, que a criança, participe, opine, seja hacker”, disse ele.
Na mesma linha segue o idealizar do Escola de Hackers, o professor Dr. Adriano Canabarro Teixeira: “no mundo hoje ou você programa ou você e programado”, frisou. Para ele o pensamento computacional que está na raiz do programa faz com que os alunos vejam o mundo de outra forma. “Quando se coloca a criança ou o adolescente para programar computadores ele vê um problema de forma diferente. Se olha o problema por partes, começa pelo mais fácil, se faz tentativas e se criam soluções. Isso é aprender”, concluiu,
A partir do próximo ano o programa contará com mais uma novidade. Além do Berçário de Hackers, Escola de Hacker e Escola de Hackers Avançada, será lançado o White Hat, voltado para a terceira idade.
O programa, que nasceu com a Escola de Hackers para alunos do Ensino Fundamental, apresenta dois desdobramentos: o Berçário de Hackers, voltados para crianças da Educação Infantil, a fim de trabalhar com noções básicas de lógica de programação; e a Escola de Hackers Avançada, criada para os participantes que obtiveram destaque na Escola de Hackers, com foco em desenvolver habilidades na área de robótica. A partir do próximo ano o programa contará com mais uma novidade, o White Hat, voltado para a terceira idade.
A Prefeitura de Passo Fundo conta com apoio de três instituições de Ensino Superior do município para realizar o programa: Universidade de Passo Fundo (UPF), Faculdade Meridional (IMED) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul).
O que é hacker?
O hacker é aquela pessoa que desenvolve habilidades e técnicas em qualquer área, sendo movido pela criatividade para melhorar o mundo com sua atuação.
Berçário de Hackers conclui turma do Ensino Fundamental
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