O Filme Armagedom, estrelado em 1998. A história do filme se deu após uma chuva de pequenos meteoros que atingem a Terra (incluindo Nova York), a NASA se dá conta de que um asteroide do tamanho do Texas está em um curso de colisão com o nosso planeta. O asteroide se aproxima da Terra à uma velocidade 35.000km/h. e, se o choque acontecer, qualquer forma de vida deixará de existir na Terra, exatamente como o que exterminou os dinossauros 65 milhões de anos atrás. Restando apenas 18 dias para o choque entre a Terra e o asteroide, a única solução possível é enviar astronautas em um ônibus espacial até a superfície do asteroide e lá perfurar 800 pés para colocar uma bomba nuclear, detonando-a por controle remoto. Para cumprir tal missão é convocado o mais famoso perfurador de petróleo (Bruce Willis) a grandes profundidades do mundo, que exige formar sua equipe com técnicos que têm um comportamento nada convencional para os padrões do governo.
No Brasil, o Armagedom não é filme de ficção, é de ação pura, com histórias das mais divertidas e aterrorizantes: pornografia política; chantagem; corrupção; submissão; delações; conspirações. Nosso Armagedom tem como atores principais os políticos as facções partidárias e instabilidade econômica. Talvez nosso armagedom político possa ser explicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso onde o mesmo escreveu que “mudou o algoritmo que rege a política. Acabou a era da política elitista e demagógica. Agora, quem emposta a voz ou pretende esconder o jogo logo vira fake, quer dizer, falso. Antes, tudo se escondia, agora, nada passa despercebido. Conchavos, nem pensar. Para se impor e vencer eleições, não basta apresentar ou vender boas ideias, é necessário alinhar, conversar, convencer, respeitar, escutar. As orelhas andam mais importantes que a língua na política”.
Exigem-se novas formas de diálogo, em substituição às reuniões fechadas e aos tradicionais discursos onde um líder fala e a plateia escuta. Agora, munidos de ferramentas de comunicação extraordinárias todos querem falar, e mais ainda, querem ser ouvidos pelo mundo do poder. Goste-se ou não, é assim que está funcionando.
Novas mensagens inundam as redes sociais. Elas exprimem causas e angústias nem sempre facilmente ou rapidamente, percebidas pelo status quo. São demandas e desejos oriundos de distintos grupos sociais, proposições que não se restringem à “luta de classes” e não se enquadram na velha dicotomia “esquerda ou direita”: dependem também da definição positiva ou negativa das pessoas diante de causas e valores que se difundem na sociedade globalizada.
As pessoas reagem como tal, “pessoas”, que, sendo cidadãos, não se interessam apenas pelas reivindicações típicas das sociedades democráticas, como os direitos humanos e extensão da cidadania, mas abrangem a busca da liberdade para viver diversamente, com dignidade, na sociedade de consumo. Assim como no filme Armagedom, buscou-se os melhores homens para evitar uma tragédia no planeta terra. No Brasil para evitar o Armagedom econômico, foram conduzidos aos principais cargos do Ministério da Fazenda, Banco Central e demais autarquias e bancos públicos alguns dos melhores nomes no país em suas áreas de atuação.
Vivemos momentos de grandes turbulências políticas e econômicas no Brasil que afetam a vida de toda a sociedade, das famílias as empresas, do jovem ao idoso, das empresas públicas as empresas privadas, nossas instituições estão passando por um verdadeiro teste de stress. Diante desse cenário, temos duas opções: sentar e esperar ou se preparar para aproveitar as oportunidades após a crise. As empresas que possuem um planejamento de longo prazo alinhados com a missão, visão e valores estão sentindo a turbulência, mas, conseguem identificar as oportunidades que esse momento reserva.
Adriano José da Silva
Professor Coordenador da Escola de Administração da IMED