Acúmulo de lixo nas ruas

Na manhã da última segunda-feira, moradores reclamaram do lixo que se acumulava nas ruas de alguns bairros. Empresas responsáveis pela coleta afirmam que o problema já foi resolvido

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Esteiras dos recicladores da Recibela continua interditadaEsteiras dos recicladores da Recibela continua interditada
Esteiras dos recicladores da Recibela continua interditada
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Depois dos transtornos gerados pela interdição na coleta de lixo, há cerca de dois meses, os moradores de Passo Fundo voltaram a reclamar a respeito do acúmulo de lixo nas ruas, na última segunda-feira (13). As principais reclamações vinham do centro da cidade e do bairro Vera Cruz. O primeiro local, onde o lixo doméstico é descartado em containeres, é área de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo (Codepas). Na Vera Cruz, a coleta é realizada pela Via Norte, empresa contratada pela Prefeitura por meio de licitação, através da Secretaria do Meio Ambiente.
O presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, explica que a empresa tem fiscalizado a coleta constantemente e os containeres não apresentam qualquer tipo de problema. “O que aconteceu é que, neste domingo, algumas lojas estavam abertas, por conta da época de compras, e essas lojas acabam usando os containeres, que deveria ser de uso apenas doméstico, para depositar caixas e outros lixos. Isso acabou gerando um acúmulo maior, principalmente na Rua Bento Gonçalves”. A ampla movimentação pelas ruas do centro do município também pode ter sido um fator determinante, pois algumas pessoas que passam pelo local costumam descartar lixos nos containeres. Karczeski complementa que, apesar da quantidade de lixo maior que o comum, o problema já foi resolvido.
Quanto aos bairros em que a coleta é de responsabilidade da Via Norte, o coordenador da empresa, Marcelo Moraes, esclarece que no sábado – um dos dias em que a coleta é realizada nestes bairros – alguns problemas referentes à manutenção de equipamentos foram constatados e o serviço ficou mais lento. Portanto, assim como no centro, na segunda-feira ainda havia acúmulo de lixo em alguns pontos da cidade. Ele garante que a situação foi normalizada nesta terça-feira.


Recibela
Três meses após interdição do Ministério do Trabalho (MT) na Central de Resíduos Sólidos, local de trabalho das famílias integrantes da Associação de Recicladores Parque Bela Vista (Recibela), os trabalhadores continuam sem uma resposta. A presidente da Recibela, Catarina da Rosa, queixa-se que as informações chegam a eles superficialmente e diz que não têm participado ativamente de reuniões que vêm sendo realizadas entre a Codepas, a Procuradoria Geral do Município (PGM) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), para resolver a situação. “O que sabemos é que o Ministério do Trabalho alega que a esteira que temos aqui não pode funcionar por problemas de segurança, teria que desmanchar essa e colocar uma nova, mas se fizer isso tem que desmanchar todo o galpão que temos aqui também, porque a estrutura não iria aguentar”. A principal reclamação das famílias é que, para continuar tendo a renda mensal, elas precisam realizar a separação do lixo direto dos montes, sob as adversidades do tempo. “O sol está muito forte agora, às vezes chove, e é bem pior para nós. Com a esteira, lá no galpão, pelo menos tinha alguma proteção”.
O presidente da Codepas, responsável pela Central, ainda alega que as exigências do MT geram custos muito altos e desnecessários – cerca de R$ 200 mil. Segundo eles, a proposta de reforma, que custaria R$ 25 mil, apresentada pela Codepas ao MT, junto com a PGM e a SMAM, é suficiente para oferecer segurança aos recicladores e permitir que eles voltem a trabalhar. “Já entramos com diversos recursos para suspender a interdição. Essa semana deve sair o resultado do último recurso que tínhamos direito. Se o Ministério não aceitar, entraremos com um Mandado de Segurança, porque quem está sendo prejudicado são os trabalhadores da Recibela”, declara.

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