OPINIÃO

Fatos 23.12.2016

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O ano começa em março....

Por que medidas importantes são anunciadas pelos governos no final do ano? Por que projetos e pacotes são votados nesta época em sessões intermináveis pelos Parlamentos? A resposta é bastante simples: é que no final ano já estamos exaustos, correndo para bater nossas metas pessoais, contando os dias para as férias, organizando as festas com a família. É uma época em que estamos mais suscetíveis e solidários. Ficamos mais sensíveis e queremos muito mais abraços e bons momentos do que focar a atenção em questões desagradáveis. É hora do amigo secreto, da festa da firma e da comemoração com os amigos. Ficamos alheios as coisas que achamos que não nos afetam. O saco de sacanagens está cheio e não cabe mais nada a não ser presente do Papai Noel. É percebendo este clima de distração que nossos representantes agem. De pacotes a medidas provisórias vamos sendo surpreendidos de mansinho enquanto estamos voltados para nós mesmos. E como bons brasileiros, vamos deixar para ver isso no próximo ano, mais precisamente depois do carnaval, lá em março, quando de fato voltamos para os trilhos.

‘Pracaba’

O governo federal que não iria se preocupar com a Reforma Trabalhista neste ano, apresentou no apagar das luzes do ano, através de Medida Provisória, uma proposta que autoriza ampliação da jornada de trabalho para até 12 horas e estabelece que o acordado deve prevalecer sobre o legislado. Depois de uma ano com impeachment de presidente, presidente da Câmara afastado e preso, salários dos servidores estaduais sendo parcelado, poder de consumo caindo, 12 milhões de desempregados, é bem provável que não se encontre tempo para avaliar o impacto que isso vai ter na vida dos trabalhadores.

Cassado

Não havia mais como segurar. A Assembleia cassou o mandato do deputado Mário Jardel, PSD, por unanimidade. Foi o segundo parlamentar cassado na atual legislatura. O primeiro, foi Diogenes Basegio, PDT.

Na base

O diretório estadual do PSB assegurou permanência do partido na base de sustentação do governo Sartori. No entanto manifestou contrariedade a duas PECs. “Não aprovaremos a mudança do calendário de pagamento dos salários e do 13°salário, tampouco a PEC que retira o plebiscito como ferramenta decisória para a venda de empresas estatais. Se for o caso, preferimos o plebiscito para que o povo tome estas decisões”, afirma o texto.

Feliz Natal!

 

 

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