Em pouco mais de seis meses após a implementação, o sistema de bicicletas compartilhadas já é aprovado pela população, não apenas por incentivar uma vida mais saudável com exercícios físicos e momentos de lazer, mas também por gerar economia com o transporte alternativo. Essa economia não é sentida apenas pelos usuários, o clima também é poupado. Com mais de 53 mil viagens e milhares de quilômetros rodados, as bicicletas pouparam a emissão de 24.316 quilos de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
A característica de sustentabilidade que as bicicletas dão à mobilidade urbana já é unânime não apenas no Brasil. Por isso, a prática é cada vez mais incentivada. Além das bicicletas compartilhadas, a Prefeitura de Passo Fundo também implantou a primeira ciclovia da cidade.
Para a secretária adjunta de Planejamento e coordenadora do Escritório de Inovações Urbanísticas, Karine Knob Battisti, Passo Fundo já é um exemplo. “Contribuir para a redução de emissão de gases poluentes na atmosfera é dever de todos, devemos nos preocupar com o meio ambiente e fazer o que estiver ao nosso alcance. Usando o sistema das bicicletas estamos contribuindo para isso, além de favorecer também à nossa saúde. A administração tem trabalhado com políticas públicas para a descarbonização da mobilidade, em busca de um transporte ativo. Essa é uma característica das melhores cidades para se viver. O prefeito Luciano está de parabéns por manifestar essa preocupação, pensando sempre em um futuro melhor para as pessoas”, observou ela.
O sistema registra mais de 18 mil pessoas cadastradas que fazem uma média de 236 viagens ao dia e 6.627 viagens ao mês. Mais de 74% dos usuários declaram ter até dois salários-mínimos de renda, o que mostra que o sistema de bicicletas compartilhadas atua como importante ferramenta para o deslocamento gratuito. A faixa etária que mais usa o sistema varia entre 20 e 40 anos. O horário de maior utilização das bicicletas compartilhadas está entre 12h e 18h, com 50%; nos finais de semana o resultado também é expressivo, com 27%.
O gás carbônico e o desenvolvimento
Desde a Revolução Industrial com a queima de carvão e derivados do petróleo a emissão de gás carbônico (CO2) começou a aumentar. Com o passar dos anos, a prática passou a causar o efeito estufa e o aquecimento global. As mudanças climáticas já foi pauta de muitos encontros entre países para buscar um acordo de diminuição de CO2. Um dos encontros mais recente aconteceu na 21ª Conferência do Clima (COP 21), em Paris, em 2015. A cúpula aprovou o acordo para que 195 países signatários ajam para que temperatura média do planeta sofra uma elevação muito abaixo de 2°C, limitando-a 1,5°C. A meta se deve ao mundo não suportar o aumento de 2°C, previsto para 2040 se o ritmo não desacelerar. Já foram emitidos 500 bilhões de toneladas de CO2, o que trouxe o aumento de 1°C. Para isso, a aposta é em energias limpas, como a solar, a eólica e os biocombustíveis.
O Brasil se comprometeu com a redução absoluta de emissões de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global. Para se ter uma ideia, o Brasil agora coloca como principal compromisso reduzir em 37%, até 2025, e em 43%, até 2030, as emissões de gases do efeito estufa. Para isso, o País pretende também zerar o desmatamento na Amazônia Legal e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, uma área equivalente ao território da Inglaterra.
Estações ativas
Estação 1 IE: Avenida Brasil, próximo a Rua Coronel Miranda.
Estação 2 Notre Dame: Avenida Brasil com Rua Capitão Araújo.
Estação 3 Vera Cruz: Rua Moacir da Motta Fortes com Rua Teixeira Soares.
Estação 4 Teixeirinha: Avenida Brasil com Rua Sete de Setembro.
Estação 5 Santa Terezinha: Rua General Prestes Guimarães com Rua Senador Pinheiro (Praça Capitão Jovino).
Estação 6 Brigada Militar: Avenida Presidente Vargas, próximo à Rua Scarpeline Guezzi.
Estação 7 Praça Marechal Floriano: Rua Morom (Praça Marechal Floriano).
Estação 8 Parque da Gare: Avenida Sete de Setembro, próximo à Avenida General Netto.
Estação 9 Praça Tochetto: Avenida Brasil com Rua Benjamin Constant (Praça Tochetto).
Estação 10 Boqueirão Legal: Avenida Brasil com Diogo de Oliveira (Praça Miguel Moretti).
Cadastro e informações
Mais informações podem ser obtidas na Rua Independência, 1165 – Centro. O espaço fica a uma quadra do Corpo de Bombeiros. No mesmo local, pode ser feito o cadastramento, mediante CPF, RG e comprovante de residência. O cadastro também pode ser feito pelo site www.pmpf.rs.gov.br.Os
telefones para contato são: (54) 3046-1363 ou (54) 9631-7808 (WhatsApp).
Passo a passo para utilizar o sistema
1º passo: após efetivado o cadastro pela internet ou de forma presencial, você está habilitado a utilizar o sistema de bicicletas compartilhadas – o seu login será o número do CPF e a senha será a escolhida no cadastro.
2º passo: chegando na estação de bicicleta mais próxima, o usuário deverá digitar no painel o CPF e a senha e proceder para a liberação da bicicleta. O horário de funcionamento do sistema é das 6h até as 22h para a retirada das bicis.
3º passo: já com a bicicleta, o usuário poderá iniciar o seu percurso, podendo utilizar gratuitamente durante o período de 2h seguidas. Caso queira utilizar a bicicleta por mais tempo, deverá devolver o equipamento na estação mais próxima e esperar pelo menos 15 minutos para fazer nova retirada, também de forma gratuita.
4º passo: para devolver a bicicleta, basta escolher qualquer uma das 10 estações que tiver uma vaga livre. O sistema para devolução do equipamento estará disponível 24 horas e avisará quando a bicicleta estiver completamente travada.