O tempo
Nossa relação com o tempo é um tanto confusa. Corremos atrás de um tempo que nunca alcançamos. Marcamos o tempo, odiamos contratempos e reclamamos das condições do tempo. O pior é quando alegamos que não temos tempo, nem mesmo para a maior importância do nosso tempo: a vida. Reclamamos do tempo que passou e não foi bem aproveitado. Ou, ao contrário, temos surtos nostálgicos para as boas recordações de um tempo maravilhoso que já passou. Quando está tudo bem consideramos como um tempo de bonança. Se vai tudo mal, é um tempo sombrio. Quando o mundo está a mil, sofremos pela falta de tempo. Num momento de incertezas pedimos para dar um tempo. Quando estamos ansiosos o tempo não passa. E, em outros extremos, queremos que o tempo nunca passe. Os anos passam, o tempo é fugaz e muitas vezes clamamos por apenas mais um instante.
O velho
Nossa relação com o tempo passado é um tanto ranzinza. Ao invés de enaltecermos as experiências deixadas pelo mais velho, sequer olhamos para trás. Xô, ano velho! Pois desta vez também embarquei neste ódio efusivo para a despedida de 2016. Nunca ouvi tantas lamentações no último dia de um ano. Foi um ano complicado para todos, carregado de notícias ruins, decepções e pouca evolução. Não gosto desta contabilidade, mas perdi muitos amigos no ano passado. Certamente, o saldo negativo foi muito abrangente. E, assim, 2016 terminou repleto de reclamações e com muitos rostos emburrados.
O novo
Nossa relação com o tempo futuro é um tanto generosa. Que venha o novo! Assim, entupidos de esperanças, saudamos o desconhecido. Apostamos no inusitado, pois acreditamos sempre em algo melhor. Essa crença é uma forma de Fé, expressada por incrédulos e crentes nas passagens de anos. É a vibração coletiva que gera uma forte energia sobre a humanidade. Uma energia que acabamos renovando ao saudar cada ano que chega. O novo ano desembarca em nossas vidas com a imagem de um largo sorriso. Essa imagem é produzida por um inconsciente coletivo. E, assim, começou 2017. Não vamos desperdiçar essa energia. Sejamos felizes.
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Excelente
Ausentes por um considerável período, as sinaleiras para pedestres estão voltando ao centro de Passo Fundo. Agora os sinais mostram o tempo que resta para atravessar as ruas. É muito útil, na medida em que sabemos os segundos necessários para perfazer cada trecho. Essas sinaleiras são excelentes dispositivos para orientar e oferecer segurança aos pedestres.
Péssimo
Choveu em 2016 e, claro, caiu água até no dia 31 de dezembro. Um ano para testar a habilidade dos pedestres em dias de chuva. Faltam marquises, tem excesso de água no asfalto, água despejada sobre o passeio público e as armadilhas das lajotas soltas nas calçadas. Um quadro péssimo para os pedestres. Em dias de chuva, Passo Fundo perde preciosos pontos.
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Trilha sonora
O ano que passou foi impiedoso para com a arte. Além dos obstáculos à cultura, grandes talentos nos deixaram. No final de dezembro foi-se Pierre Barouh, ator, compositor e cantor francês. Parceiro de Francis Lai na trilha do filme de Claude Lelouch, interpretou com Nicole Croisille: Un Homme Et Une Femme
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