Após o surto de caxumba ter deixado a população de Passo Fundo em estado de alerta, 2016 foi encerrado com confirmação de 160 casos da doença. O período com maior número de pessoas contaminadas pelo vírus foi registrado em novembro. Desde então, o número tem caído e a situação de surto já pode ser considerada controlada.
No início de dezembro, 230 casos haviam sido notificados, mas segundo a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Caroline Gosch, alguns destes casos tratavam-se apenas de suspeitas do vírus. Ainda que os 160 casos confirmados não expressem um número tão alto quanto o que era estimado, a quantidade é elevada quando comparada a 2015, quando somente 23 casos foram confirmados no município. “Agora, ainda há notificação de pessoas com caxumba, mas a quantidade é bem menor do que entre novembro e dezembro. Está controlado”, afirma.
Caroline atribui a diminuição dos casos às férias estudantis – a maioria dos indivíduos que haviam sido contaminados eram estudantes com idade entre 20 e 40 anos. A chegada do verão também é determinante, conforme ela explica. “O período com maior incidência de casos é o inverno, porque as pessoas ficam em contato direto, aglomeradas”. Durantes essas aglomerações, por ser um vírus transmitido via área, na disseminação de gotículas ou no contato direto com a saliva de uma pessoa infectada, pessoas que não sabem estar contaminadas acabam infectando outras pessoas. Isso porque os sintomas do vírus demoram até uma semana para aparecer e, nesse tempo em que passa despercebido, já pode ser transmitido.
Para possibilitar a contenção do surto, a Vigilância Epidemiológica continua contando com a ajuda das unidades de saúde, que notificam os casos de caxumba atendidos. Assim, a Vigilância é capaz de investigar os casos, entrar em contato com as pessoas contaminadas e realizar o bloqueio. “O que chamamos de bloqueio é a vacinação depois da exposição em todas as pessoas que têm contato direto com o indivíduo contaminado, para que elas não contraiam caxumba”, a coordenadora esclarece. Apesar de a medida ser importante em comunidades com surto, a fim de diminuir o número de pessoas suscetíveis e futuras exposições, a vacina de bloqueio não é tão eficaz. A principal orientação continua sendo a vacinação quando criança e o isolamento por dez dias em caso de confirmação da contração do vírus.
Casos de caxumba controlados
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