Se disseres o meu nome, não serei mais...
Som alto, risadas, conversas onde um grita mais que o outro, um radio ou uma televisão emitindo sons de todo tipo, ocupando a oportunidade do diálogo, às vezes necessário; empurrando soluções com a barriga nas ondas da radioatividade.
As pessoas não sabem mais escutar, pois, ocupam seus ouvidos com barulho, quase sempre para suprimir o barulho da sua mente.
É algo automático, reparem, não estou nem colocando o celular nisso.
Você chega na casa das pessoas e lá esta ela, dominando a sonoridade da sala ( “sonzeira” ou televisão )
Se puxares um assunto ainda te mandam ficar quieto para não estragar a sonoridade seja jornal, novela ou propaganda.
As pessoas não contemplam mais um violão tocado ao vivo, por exemplo, uma gaita uma pequena demonstração musical de um parente que seja, que lindo que é uma família onde existem músicos, mas que feio quando durante a música pessoas bagunçam ou falam juntos mais alto que toda a música...
E quanto mais alto toca-se, mais alto fala-se... música ao vivo não é radio...e músico não é movido à energia elétrica ( da tomada).
Boa música é silêncio temperado! Como fala a Miriê.
Lembro-me do quanto o Homer Simpson é barulhento e em um dos episódios da família ele sai com um trenó, na neve, em busca de suas “epifanías” chicoteando a matilha de cães para correrem, mais e mais, para comerem e também para dormirem ( risos...)
Pobres cães, é o que fizemos com nossos ouvidos e que reflete em nossa mente, já não chegando o macaco maluco que habita nela (risos...)
O silêncio já é algo raro, mas é a expressão da atenção ao interno, ao coração, à vida; também é a demonstração do quanto importante pode ser um momento, é o ouvir atentamente, é a valorização do interlocutor (do filho, do pai do avô, do amigo, do dolorido)
O silêncio é uma expressão de amor, para outros incita o pavor...
Paz e luz!