Evento alternativo

Com o cancelamento do Desfile de Rua do Carnaval deste ano, a Liga Independente das Escolas de Samba de Passo Fundo estuda a realização de uma muamba

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Na manhã da última terça-feira, a Prefeitura de Passo Fundo anunciou oficialmente o cancelamento do Desfile de Rua do Carnaval 2017. O principal motivo é a falta de patrocínio da iniciativa privada, que já havia motivado o cancelamento do evento no ano passado. Agora, a Liga Independente das Escolas de Samba de Passo Fundo (LIESPF) estuda a possibilidade de realizar um evento alternativo.

Segundo o presidente da LIESPF, Gilvan Marinho, a entidade estava preparada para o possível cancelamento. Desde 2013, o prefeito Luciano Azevedo anunciou um novo modelo de Carnaval, em que os custos das escolas de samba são custeados pela iniciativa privada, ao invés de haver o repasse do dinheiro público. Devido ao cenário de crise econômica que o país enfrenta, a prefeitura já previa que as empresas estariam retraídas e optando por não investir em eventos. Em dezembro, a Liga havia anunciado uma proposta para realização do desfile, com as sete escolas de samba do município, no estádio Vermelhão da Serra, na tentativa de reduzir os gastos. De acordo com Gilvan, se o evento fosse realizado no Vermelhão, a não seria necessário arcar com os custos para montar arquibancadas e nem camarotes, como acontecia nas edições realizadas na rua.

A proposta chegou a ser discutida com o prefeito e o secretário de cultura, mas também não foi aprovada. Uma nova reunião entre a prefeitura, a Liga e as escolas de samba deverá ser realizada na próxima semana, para estudar a possibilidade de um evento alternativo, em uma avenida, que não demanda grande investimento. “Estamos pensando em realizar uma muamba, na Cohab, como fizemos no ano passado, mas os detalhes ainda vão ser discutidos nessa reunião”, explica Gilvan. A muamba planejada para este ano, ainda sem data definida, deve ser similar à do ano passado, quando não houve a tradicional disputa entre as escolas. “Não terá competição, mas pretendemos manter um corpo de jurados, que irá avaliar alguns requisitos para cada escola, como a presença do porta-bandeira, da bateria e dos destaques. Se esses requisitos forem cumpridos, as escolas receberão um troféu pela participação”.

No ano passado, os recursos economizados com o cancelamento do desfile foram revertidos pela prefeitura em ações como a climatização com ar-condicionado das escolas municipais e o Centro de Referência de Saúde da Mulher.

Gostou? Compartilhe