O conceito de cidades inteligentes, “smart cities”, cresce no mundo inteiro como uma prática criativa e sustentável, que usa a tecnologia em favor do planejamento urbano e da interação das pessoas com o todo. Em Passo Fundo, um projeto para colocar o município no mapa das cidades inteligentes foi apresentado para a Prefeitura de Passo Fundo, com uma proposta que busca capacitação ao unir instituições de ensino, poder público e comunidade.
O secretário de Educação, Edemilson Brandão, recebeu a visita da cientista sênior do Departamento de Governança Eletrônica e Administração da Universidade de Danube (Danube University Krems), Gabriela Viale Pereira; da professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Administração da IMED, Janaina Macke; e do diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu da IMED, João Alberto Rubim Sarate. Tendo a Universidade de Danube, da Áustria, como coordenadora, o projeto conta com a IMED como mediadora das ações na cidade.
Ainda em fase de levantamentos, a professora Janaina explica que o resultado definitivo deve sair no segundo semestre do ano. “O projeto ainda não começou, quando sair o resultado do edital em agosto ou setembro de 2017, daremos início ao projeto. Esta fase é de prospecção e identificação do grau de engajamento das municipalidades e demais parceiros”, explicou ela.
Com foco nas áreas de economia, social e ambiental, o projeto também prevê a participação de stakeholders, um grupo estratégico interessado, que possa contribuir em longo prazo. “As universidades parceiras são uma espécie de guarda-chuva e aplicação será em toda a América Latina. Depois do primeiro contato, do edital e do inicio, começará a formação para, posteriormente, construirmos cursos, especialização ou outro formato de acordo com cada realidade. Nossa parceria com o poder público é para que todos sejam multiplicadores da ideia”, finalizou Janaina.
O secretário da pasta apoia a ideia e acha importante a união de esforços no município. “Essa aproximação com instituições de ensino para criar o conceito de cidades inteligentes melhora a cidadania e a vida da comunidade. A prefeitura é apoiadora de iniciativas que buscam gerar esse bem-estar e o melhor aproveitamento do conhecimento que dispomos, para que isso chegue até as pessoas e impacte em suas vidas”, ressaltou Edemilson.
A iniciativa parte de um consórcio de universidades parceiras. Além da Universidade de Danube (Danube University Krems), que fica em Krems, na Áustria, e da Faculdade Meridional – IMED, aqui de Passo Fundo, participam: Gdansk University of Technology (de Gdansk, na Polônia); Delft University of Technology (de Delft, na Holanda); Tallinn University of Technology (de Tallinn, na Estônia); Universidad Nacional del Sur (UNS) (de Bahia Blanca, na Argentina); Universidad Nacional de La Plata (UNLP) (de La Plata, na Argentina); Universidad Externado de Colombia (de Bogotá, na Colômbia); e Escuela Colombiana de Ingeniería Julio Garavito (de Bogotá, na Colômbia); e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, da capital gaúcha, Porto Alegre. De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia.
Participação da IMED
O papel da IMED será de promover competências para a construção de programas de capacitação na área de Cidades Inteligentes e Sustentáveis (Smart Sustainable City ) e proporcionar suporte de decisão e planejamento de programas/ações que venham a ser desenvolvidos pelos participantes, tanto do poder público, quanto da iniciativa privada.