OPINIÃO

Fatos - 19/01/2017

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Nova relação
Estamos na terceira semana do ano e já é possível observar a mudança na movimentação das forças politico-partidárias que formam a atual legislatura da Câmara de Passo Fundo. O vereador Luiz Miguel Scheis coloca o PDT no protagonismo da oposição. Ele vai comandar uma minoria barulhenta no Legislativo e vai fazer isso com a experiência de outros mandatos. De parte da base governista, Mateus Wesp, PSDB, e Roberto Toson, PSD, já mostraram que votarão por convicção. Isso não significa se afastar da base. São governo e permanecem como tal. No entanto, precisarão de argumentos muito mais consistentes e convincentes antes de tomar qualquer decisão. “Sou da base, apoiei a campanha e apoio o governo e a gestão do Prefeito Luciano. Contudo, quando eu discordar de alguma questão relevante, me posicionarei da maneira a qual eu acredite ser a correta. Acredito que uma coisa não interfere na outra", disse Toson, ao ser questionado pela colunista.


Posicionamento
No entendimento de Mateus Wesp, é natural que dentro de uma base tão grande como esta, 18 vereadores, ocorram divergências em alguns pontos ao longo de quatro anos. “Em assuntos relacionados a terceiros, que ultrapassam a esfera governamental, cuja responsabilidade seja exclusiva do Legislativo, vejo essas divergências como normais”, diz, referindo-se ao projeto da Bsbios, aprovado na última terça-feira, mas com votos contrários dele e de Toson. Em outras palavras, dar suporte para garantir a governabilidade, não significará aceitar todos os projetos de origem do Executivo.


Cobrança I
O Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp) uma das mais antigas e atuantes Ongs de Passo Fundo, realizou várias reuniões para definir o planejamento estratégico de 2017. Na lista, constam uma série de atividades. Mas, a principal decisão tomada pelo grupo, que hoje está formado por pouco mais de 20 voluntários, é avançar no nível de cobrança de ações de responsabilidade do município. E as cobranças começarão pela política de resíduos sólidos. Segundo Paulo Cornélio, não é mais admissível que uma cidade como Passo Fundo não resolva este problema histórico.

Cobrança II
O saneamento básico também está na pauta do Gesp. A ampliação da rede de esgoto, cujas obras da Corsan avançam lentamente, não surtirá resultado prático caso o município não assuma a responsabilidade por fiscalizar a ligação que deve ser feita, individualmente pelos moradores, à rede instalada na rua. Se não for feita a instalação, não há tratamento de esgoto. A questão toda é a taxa de 70% sobre o valor que é pago na conta de água, que será acrescido ao consumidor. É o ônus de se receber um serviço essencial. Tudo tem o seu preço. Para as pessoas de baixa renda há subsídios, mas isso precisa ser esclarecido. Um inquérito de 2014 foi aberto pelo MP para tratar do assunto.

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