Boa discussão
O permissionário de táxi de Passo Fundo aluga o ponto para um terceiro que, por sua vez, subloca para o condutor. Resumo da ópera: quem sai perdendo é o usuário. O condutor que é o terceiro na ordem do negócio, paga, em média, para o permissionário ou sublocador, o valor de R$ 1,90 a R$ 2,20 pelo quilômetro rodado. Se o condutor cobrar o valor oficial, marcado pelo taxímetro, que é R$ 4,60, não sobrevive financeiramente. O relato foi feito à colunista por um motorista de táxi que tem a função de condutor. Ele reconhece que não liga o taxímetro porque não teria como sobreviver se assim o fizesse. Também reconhece que tem condutor que abusa e que o episódio da corrida de R$ 160,00 é uma prática. A conversa de quase 30 minutos com este condutor, que prefere não ser identificado, leva a entender que muitas coisas precisam ser mudadas no que se refere as regras para a permissão de pontos de táxi em Passo Fundo. E estas mudanças passam pela revisão da legislação municipal, que é da década de 1970, e pela regulamentação da lei federal dos táxi datada de 2011. A lei que regra a presença de condutores não permissionários, aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito Luciano Azevedo, é apenas um componente das muitas ações que precisam ser feitas para melhorar o serviço. Passa também pela revisão dos atuais contratos e pela ampliação da frota. O município tem 124 táxis, mas comporta 190. Um bom tema para ser aprofundado pela Câmara de Vereadores.
Entre a cruz e a espada
O motorista também reconhece que não é certo fazer o que está fazendo, mas confessa que não encontra outra alternativa. Sem carteira assinada, na informalidade, cumprindo turnos de 24 horas de trabalho,se cobrar o que está marcado no taxímetro, não consegue pagar as contas no final do mês. Só que nas duas pontas deste processo, que não é legal, estão o permissionário que é quem leva a maior fatia do negócio, e o passageiro que paga uma conta salgada demais para corridas curtas.
Convênios
O município deve gerar uma economia em torno de R$ 500 mil com o rompimento dos convênios com o Lar Emiliano Lopes (o que já ocorreu no final do ano passado), e com o Cepia, da Sami. Dinheiro que poderá ser investido para absorver as duas demandas ou em novos projetos sociais.
Voo
No dia em que a Comissão Mista da Câmara anuncia que a licitação da obra do aeroporto Lauro Kortz, será realizada em março, a Avianca pede exclusão do voo Passo Fundo-Guarulhos perante a Anac. O último voo será mesmo dia 11 de março, como antecipou o Jornal O Nacional nesta semana.
Até mais!
Colunista faz um pequeno e justo recesso. Retorna em duas semanas.