Escola Protásio Alves passa por restauração

O prédio que tem mais de 100 anos tinha parte das janelas enferrujadas e as paredes com a tinta desbotada e sem parte do reboco

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O prédio antes das reformas e atualmente, a escola em restauraçãoO prédio antes das reformas e atualmente, a escola em restauração
O prédio antes das reformas e atualmente, a escola em restauração
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O prédio centenário e tombado (considerado patrimônio histórico do município) que abriga a Escola Protásio Alves, localizada no centro de Passo Fundo, passa por obras de restauração. As janelas estavam enferrujadas e as paredes, além da tinta desbotada, começavam a perder parte do reboco. Com as reformas, que começaram em 23 de janeiro, o diretor, Julio Borges, explica que a intenção é proporcionar um melhor local de trabalho para professores e funcionários e também melhorar a qualidade do aprendizado dos alunos.

“Estava precário. A Protásio Alves é primeira escola do município, é uma escola localizada na região central - na Avenida Brasil. Então é cartão de visita de Passo Fundo e ela estava em um estado deplorável. Além disso, imagina você trabalhar e estudar em um ambiente assim, que ânimo proporciona aos alunos e funcionários?”, questiona Borges. A reforma está sendo realizada a partir de um projeto com verbas do governo Estadual e contou com a ajuda de pais e alunos, que realizaram doações e também ajudaram na pintura do prédio. A previsão é que no próximo mês as obras estejam concluídas. “Queremos aproveitar ao máximo a verba para melhorar o ambiente físico da escola”, simplifica o diretor.

O coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Santos Olavo Misturini, afirma que a Protásio Alves é uma das contempladas na região com uma verba adquirida em 2016. “A Protásio Alves já vinha se movimentando em torno dessa questão, em função de que o direitor conseguiu envolver a escola na parceria Sociedade Melhor, Escola Melhor. Nós, no ano de 2016, tivemos a felicidade de sermos contemplados com R$ 1,2 milhão, verba que veio do Bird (Banco Mundial). Nós pegamos o total e dividimos entre 10 escolas da 7ª CRE. Entre as 10, a Escola Protásio Alves pela especificidade que ela apresenta em ser uma escola profissionalizante. A intensão é que pudessmos atender com os pedidos das ocupações e melhorar o contexto escolar”, explica.

A verba foi dividida entre escolas da região. O critério de seleção foi dar prioridade a escolas de tempo integral e profissionalizantes, ou ambos os casos para as escolas agrícolas. Entre as escolas integrais, foram contempladas com R$ 120 mil cada a Wolmar Salton (Vila Bom Jesus), a Luiz Englert (Sertão) e a 29 de Outubro (Pontão). Entre as profissionalizantes, as escolas Joaquim Fagundes dos Reis, Ceci Leite Costa, Protásio Alves, João de Cesaro e Instituto Santo Tomás de Aquino (Marau) receberam verba. Ainda foi destinado parte da verba para as escolas agrícolas de Guaporé e Lagoa Vermelha.

Outros projetos da Protásio Alves
Para o ano de 2017, a ideia é trabalhar para restaurar a parte interna. De acordo com Julio Borges, a parte interna não está tão ruim quanto estava a parte externa. A questão pedagógica da escola também já vem sendo discutida pela direção. Como por exemplo a mudança de conceitos para notas. O diretor afirma que com os conceitos não fica especificado para alunos, pais e professores. “Falta clareza neste modelo”. A avaliação por conceitos (CSA, CPA e CRA) valem nas escolas estaduais do RS, desde a implantação do Ensino Médio Politécnico. Esta reestruturação curricular foi aprovada em dezembro de 2011 pelo governo do Estado.

Outro projeto previsto na Escola Protásio Alves é uma sala destinada para trabalhar outras formas de linguagens. No local, que já está reformado, haverá projetor em HD, além de televisor e almofadas para proporcionar uma aprendizagem diferente. “O aluno quer vir ler um livro? Não precisa ficar sentado na classe, então ele pode se acomodar melhor”, esclarece Borges.

Calendário escolar
As aulas nas escolas da rede estadual começam no dia 6 de março a vão até 22 de dezembro, de acordo com publicação no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul de 20 de dezembro de2016. O período de férias dos alunos, será de 20 a 30 de julho. Em Passo Fundo, de acordo com Misturini, das 39 escolas apenas uma não deverá iniciar as aulas no dia 6 de março, que é a Escola Monteiro Lobato. O motivo é a questão de transporte. Nos municípios da região ocorre algo semelhante. Haverá escolas começando o ano letivo já no dia 13 de fevereiro, outras no dia 20 e um número significativo após o feriado de Carnaval, em virtude do transporte escolar, que é disponibilizado pelo município.

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