Baderna x Burocracia
Prossegue a baderna nas noites passo-fundenses. Mas há uma esperança para acabar com a bebedeira, a barulheira e a sujeira no centro da cidade. É a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas. Porém, o trâmite burocrático é um obstáculo que retarda essa solução. Foi aprovada com emedas que descaracterizavam o seu objetivo principal. Depois, prevaleceu o bom senso do prefeito Luciano Azevedo que a sancionou vetando as descabidas emendas. Agora, de volta à Câmara, nos próximos dias os vetos podem ser acatados ou derrubados. Quem circula por lá acredita que os vereadores devem acatar. Mas não terminará ali o trâmite burocrático. Ainda haverá prazo de mais 180 dias para elaborar uma regulamentação que definirá a operacionalidade da nova lei. Espero que prevaleça o bom senso e diminuam esse prazo, pois seis meses é um exagero. Assim, finalmente, haverá um amparo legal para acabar com a baderna. Mas até lá não haverá folga, pois as operações da Brigada já estão retirando alguns resíduos deste núcleo nocivo.
Chuva aromatizada
Basta uma paradinha numa esquina para sentir o bafo nada agradável que sobe das bocas de lobo. Como essas entradas servem para a captação das águas das chuvas, o mau cheiro vem de esgotos pluviais. Sim, os esgotos pluviais carregam o odor característico dos esgotos cloacais. Algo está errado, pois não poderia ocorrer uma espécie de integração entre esses tipos de canalizações. Desconfio que existam muitas ligações clandestinas. Ou as chuvas já estariam caindo das nuvens aromatizadas? O problema não é apenas o mau cheiro. É o grave risco sanitário. Alguém solucionará?
Estreito do Uruguai
Famoso por permitir que se colocasse um pé no Rio Grande do Sul e outro em Santa Catarina, o Estreito do Rio Uruguai não existe mais. Era uma beleza natural que encantava com suas rochas arredondadas, esculpidas pela força das águas. O local foi coberto para formar um alagamento que represa água para gerar energia elétrica. O Estreito era fascinante pela beleza e até assustava pela velocidade da água, pois, em um pequeno corte, canalizava todo o volume do Uruguai. Foi ponto turístico por muitas décadas, num distrito de Marcelino Ramos que também abrigava o alambique da família Koller. Ali era produzida uma cachaça, cujo nome seria um prenúncio para o destino daquela área. Era a famosa “Lágrimas do Uruguai”.
Algonauta
Quando era criança (parece que foi ontem), eu usava Gumex nos cabelos e sonhava em ser um astronauta. Agora, os cabelos estão grisalhos e sou chamado de internauta. Mas continuo com a cabeça no mundo da lua.
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Trilha sonora
Desde o final dos anos 1950, as músicas de Neil Sedaka vão passando de geração em geração. Um de seus êxitos, lançado em 1974, foi revitalizado por Aiza Seguerra em 2003: Laughter in the Rain
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