O acusado Eduardo Cunha, aliado do Presidente Temer e rompido com Lula e Dilma, está sendo julgado por suposto crime de corrupção, entre outros. O único julgamento condenatório remanesce da esfera parlamentar, cassado por infringir regulamento ético. No seu depoimento em juízo afirmou envolvimento de Temer nas articulações que envolvem toda a trama lesiva investigada pela operação Lava Jato. A credibilidade de Cunha não é boa. Tudo depende de investigação. Pode ser que não passe de mera escaramuça de seu direito de defesa. Tem muita coisa que ainda pende dos relatórios de delação premiada dos executivos da Odebrecht, em segredo de justiça. A afirmação de Cunha, sumamente grave para o cenário político é parte de seu direito de defesa, se é que isso possa significar alguma coisa para suas culpas. E Cunha não foi ainda sentenciado, não foi condenado nem absolvido. Na tentativa de se colocar como sofredor alega aneurisma reprimido (seria isso), e não usa pudor ao se comparar com a saudosa Marisa, ex-primeira dama do país, recentemente falecida. Num primeiro momento parece oportunismo. A alegada enfermidade deve ser avaliada pela medicina. Mesmo assim, é um direito de defesa que não serve de escoima para minimizar os atos de perversão que lhe são atribuídos. A violência com que usou o poder na presidência da Câmara Federal vem definhando. Vai usar tudo o que pode e até o que parece inaceitável para se defender.
Partilha da falcatrua
As situações de pressão contra o crime também são previstas em lei; e surtem seus efeitos. Quando desaba, a clave da lei, sobre criminosos que se consideravam intocáveis, a realidade de quem não tem mais o poder é chocante. Machado de Assis descreve: “Nada falta ao poder; quando o poder acaba; nada; nem a calúnia, o escárnio, a injúria, a intriga. E, por triste coroa à merencória liga, a ingratidão que baba.”
Pusilânime
Apreciamos a sonoridade das palavras. De quando em vez encontro alguém que partilha da curiosidade, como douto advogado Luís Juarez Nogueira de Azevedo. E por sua sugestão lembramos que a expressão é curiosa, ainda que tida como vetusta. Em Eça de Queiroz, e críticas de D. Pellegrini a Machado de Assis são comuns as citações. Pusilânime é adjetivo de dois gêneros e significa covardia, fraqueza de ânimo. Do latim, “Pusillis (frágil, fraco), mais “anima” (alma). Fraco de alma. O vocábulo tem sido aplicado mais num sentido ofensivo. Ato de covardia ou omissão ainda é definido pelo substantivo “pusilanimidade”.
Espírito Santo
Vitória vive situação de descalabro que desafia observadores e psiquiatras sobre o que pode acontecer com a multidão. Dezenas de lojas arrombadas, no momento em que a polícia está paralisada. Pessoas não saem à rua com medo de balas perdidas e assaltos. A morte ruge nas ruas e calçadas. Fatores que parecem comuns transformam-se em estopim perigoso. O Clima de ódio é cumulativo.
Damasco
Bashar al-Assad é denunciado por extermínio de cidadão sírios, sem o direito de defesa. E Damasco é palco de disputas bélicas internacionais. São 13 mil execuções. Isso se espalha, com a ressonância do tom implacável de Trump em clima de ameaça na América do Norte. Tudo influencia e repercute no mundo todo, portanto também no Brasil.
Retoques:
A onda de crimes praticados via internet fomentam clima de ódio e desconfiança. A tecnologia acelera e torna comum o crime e agressões covardes.
Yamandu Costa, filho do músico falecido Algacir Costa, que viveu a primeira infância em Passo Fundo, comanda programa que resgata valores da arte no violão, na TV Cultura. Compartilha sua genialidade.
Paulo Monteiro, no programa Literaturo Local (TV Câmara) apresentou o nosso prezado Artêmio Nascimento e seu livro O Legado de uma história de vida. Muito bom!