O ano letivo das escolas municipais de Passo Fundo começou com falta de pão. Ainda no final do ano passado, a empresa então conveniada com a Prefeitura teria decidido que não faria mais parte da distribuição. Desta forma, foi necessário a abertura de processo licitatório para contratação de um novo estabelecimento disposto a produzir e entregar o produto. Isso explica o não aparecimento do alimento no cardápio do mês, disponibilizado pelo site da Prefeitura. “O processo licitatório demora, no mínimo, 20 dias para sair. Como começou no fim do ano passado, é previsto que o novo fornecedor saia daqui alguns dias. Não colocamos o pão neste cardápio por que não tínhamos como colocar um alimento que não havia sido licitado”, comentou a nutricionista e coordenadora de nutrição escolar do município, Kely Szymanski.
De qualquer forma, a previsão já era de que o alimento fosse utilizado com menor frequência neste período: segundo ela, a escolha dos alimentos para a merenda escolar leva em consideração o clima e estações do ano. “Nesta época preferimos por alimentos com teor de hidratação, como frutas e legumes. Já em períodos frios mandamos uma quantidade menor de iogurte, por exemplo”, explicou.
Quem mais sentiu a falta do alimento foram as escolas de educação infantil, já que as aulas iniciaram ainda no início do mês. No lugar do pão, o cardápio recomenda o consumo de bolachas e pizzas com frango desfiado e legumes. Os demais alimentos, como arroz, feijão e massas, por exemplo, foram entregues normalmente ainda antes no início das aulas.
O abastecimento de alimentos perecíveis, como frutas, verduras, legumes e carnes, será retomado normalmente depois do feriado de Carnaval, pelo risco de prejuízo dos alimentos. O cardápio é atualizado todos os meses e encaminhado às escolas com orientações sobre os produtos e datas de entrega. Ele está disponível no link “Cardápios” da Secretaria de Educação, no site da Prefeitura de Passo Fundo.
Alternativa
Como alternativa para a falta de pães para os alunos, alguns pais se manifestaram voluntariamente e doaram pacotes do alimento para as escolas. É o caso da EMEI Estrela da Manhã. “Recebemos todos os alimentos para suprir o pão, como é o caso das bolachas. Alguns pais, no entanto, por livre e espontânea vontade, nos trouxeram pacotes de pães voluntariamente”, comentou a diretora substituta, Viviane do Prado. Situações do tipo não são um problema, como identificou Kely. “A escola tem uma certa autonomia. Se for do mesmo grupo alimentar não teria problema, mesmo que não seja a nossa recomendação. Em outras atividades, além da merenda, está liberado”, completou ela. Outras escolas de educação infantil foram questionadas sobre uma possível falta de alimentos, mas todas relataram a mesma situação: só falta pão, mas foram encaminhados outros produtos para suprir sua falta, conforme estabelecido no cardápio.