Não foi justo
Sem dúvida nenhuma a adesão dos trabalhadores do transporte coletivo urbano de Passo Fundo à manifestação de ontem, contra a reforma da previdência, deu corpo ao movimento protagonizado por professores estaduais e municipais. Protestar ou debater sobre ações de governos são pautas justíssimas. Isso afeta a todos os trabalhadores e precisamos estar atentos. Os trabalhadores do transporte cometeram um erro que penalizou a população: não avisaram em tempo hábil e legal que iriam parar. A decisão pegou o cidadão de calças curtas. No dia anterior ao manifesto o Sindicato que representa a categoria foi consultado pelos jornalistas e este informou que não havia previsão de parar e que apenas a direção participaria do ato. Os fins não justificam os meios e a população reagiu e com toda a razão.
Bola de neve
Os CFCs de Passo Fundo estão apostando tudo em 2017 para retomar a atividade. No ano passado, houve uma redução média de 40% no movimento. Isso penalizou aos auto-escolas que tiveram que demitir funcionários. Janeiro houve reação positiva e empresários torcem para que esse indicativo se mantenha. O preço para fazer uma CNH é de R$ 2 mil. Em tempos de aperto geral, o sonho de dirigir acaba adiado até que as coisas melhorem.
Discrição
A atuação discreta da OAB de Passo Fundo em temas que dizem respeito ao coletivo (como as reformas estruturais promovidas pelo governo, por exemplo) tem chamado a atenção. Não condiz com a história de lutas desta entidade, que sempre teve protagonismo e posicionamentos firmes. O posicionamento da OAB nacional ou estadual não impede manifestação na esfera local. Ao contrário é importante para balizar a discussão num momento tão crucial para o país.
Sugestão
Para abreviar o assunto, o Sinduscon poderia propor a um vereador aliado que apresentasse um projeto para revogar a lei que regulariza obras em desacordo. Se aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito, anularia a medida que causou discordância.