Com atividades que seguem até julho, o projeto desenvolvido pelo Comitê Rio Passo Fundo na Escola Municipal Zeferino Demétrio Costi envolve os estudantes em atividades voltadas para o meio ambiente.
Entre a inquietude tradicional da pré-adolescência e a atenção dedicada aos dados históricos, informações atuais e fotografias capazes de apresentar o cenário da água não só na cidade, mas em todo o país, os 45 alunos das duas turmas de 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Demétrio Costi deram início, na tarde desta quarta-feira, 22 ? Dia Mundial da Água -, a 3ª edição do projeto "Água em Foco: em busca da preservação dos recursos hídricos", desenvolvido pelo Comitê Rio Passo Fundo e que concentra esforços na educação ambiental de crianças e adolescentes ao explorar diferentes aspectos do meio ambiente. O resultado do projeto, que alia a teoria à prática, será apresentado à comunidade em um livro lançado no final do ano.
O projeto, que é desenvolvido desde o ano de 2015 e já envolveu o Instituto Menino Deus e o Colégio Bom Conselho, se renova e, agora, chega à educação municipal através da escola Zeferino. Envolvendo os alunos em atividades mensais que seguem até julho e abordam temáticas como solo, meio ambiente, biodiversidade e mata ciliar e sua relação com a água. Ao todo, serão cinco encontros e, ao final de cada um deles, os alunos serão desafiados a produzir alguma atividade: textos, desenhos, histórias em quadrinhos, propagandas, colagens e fotografias serão produzidas e, ao fim do projeto, serão reunidos no livro que leva o mesmo nome do projeto que iniciou abordando a situação atual dos recursos hídricos e o papel de um Comitê na gestão das águas. Para Claudir Luiz Alves, presidente do Comitê Rio Passo Fundo, o projeto é uma ferramenta importante na educação ambiental eficaz na cidade. "Esse projeto tem a proposta de sensibilizar a comunidade escolar a respeito da realidade dos recursos hídricos e, ainda, do meio ambiente da região. Temos que nos preocupar com a natureza. Se pararmos para pensar, o rio ? ou o meio ambiente, em si ? pode estar em más condições justamente porque não cuidamos. É válido lembrar que não é culpa do ?outro?, mas, sim, nossa culpa. Eu devo me responsabilizar", destaca relembrando que a proposta é, também, fazer os estudantes sentirem-se responsáveis pelo cenário ambiental.
Os alunos, além de assistir uma explanação sobre o cenário mundial da água, participaram de uma atividade que elucidou, na prática, a gestão da água realizada por um Comitê de Bacia. Para Maria Luiza Concolatto, de 13 anos, a experiência é a oportunidade de pensar na preservação. "Além de estimular que tenhamos mais cuidado com a água ? com o que é nosso -, o projeto permite trabalhar em diferentes matérias sobre o assunto. Acho interessante poder escrever sobre isso e participar de um livro", inicia. Ela acrescenta, ainda, que o projeto vai permitir que os estudantes tenham maior sensibilidade diante do assunto. "Sei que não temos cuidado com a água, que desperdiçamos e não percebemos. Gostei bastante da atividade porque podemos falar sobre o assunto com todo mundo sem vergonha. Nós mesmos desperdiçamos e, depois, cobramos dos outros. Além de falarmos, aprendemos aquilo que não sabemos", concluiu.
A próxima atividade, marcada para abril, irá explorar os diferentes tipos de solo e como se relacionam com a água, em alusão ao Dia da Conservação do Solo, comemorado na data.