OPINIÃO

Teclando

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Bobagens e maldades

À noite todos os gatos são pardos. Antigamente, porém, distinguíamos facilmente os de cá dos de lá. Havia turmas, sabia-se quem era quem e cada qual no seu quadrado. A galera de um lado da cidade conhecia o pessoal de outras bandas. Incautas invasões territoriais até poderiam resultar em confusão. A época, claro, os jovens também faziam bobagens. Mas raramente cometiam besteiras por maldade. Predominavam as tolices juvenis. O importante é que acima das frívolas rivalidades pairava uma fidalguia. Então, o que mudou? Ora, a conduta social. O risco é quando grupos assumem uma índole coletiva, em supostas lutas entre o bem e o mal. É uma perigosa condição que, oscilando entre segurança e insegurança, segue um temerário caminho em meio ao certo e ao errado. E é exatamente quando a razão abraça a maldade, que todos se acham com a mais absoluta razão. Do passado ao presente, aprendemos que há uma grande diferença entre tolices e maldades.

Zazueira

Restam ainda 148 dias para a regularização da lei que proíbe beber em áreas públicas. Esse período, quase cinco meses, representa mais noites sem dormir para muitas pessoas, som alto, mais sujeira nas ruas, brigas, tiros e até mesmo alguma tragédia anunciada. Ora, então, será que não é possível agilizar esse processo? Seria a regulamentação um bicho de sete cabeças? Enquanto aguardamos, vamos cantando Zazueira com Jorge Ben Jor: a espera é difícil, mas eu espero sonhando...

Mesa Um

Foi reaberto o calendário de sessões solenes da Confraria da Mesa Um do Bar Oásis. Tendo como paraninfo José Osmar Teixeira, o primeiro encontro do ano foi sábado ao meio-dia na Casa do Bosque. À mesa desfilaram iguarias com assinatura do sempre talentoso Ricardo Menta. Uma deliciosa geleia de gengibre acompanhou o cordeio assado. Da raça Texel, é claro, criado pelos corredores dos ervais do anfitrião. A Mesa Um abriu a temporada em alto estilo.

Esses alemães...

A empresa alemã Fraport arrecadou em leilão o Aeroporto Salgado Filho. O grupo administra muitos aeroportos, inclusive o de Frankfurt que é um dos mais modernos do mundo. A primeira medida dos alemães, que são especialistas em aeroportos, será a ampliação da pista. Eles sabem que sem pista, não existe aeroporto! Em Passo Fundo, além da péssima localização, o grande problema do Aeroporto Lauro Kourtz é a pista. Foi por falta de pista que a Avianca foi embora. Ora, então aquela famosa verba (sic) de R$ 44 milhões deveria ser aplicada na pista. Ou será que por aqui a turma entende mais de aeroportos do que o pessoal da Fraport?

Cheirando mal

Parece que estão se lixando para o lixo. Há algo errado na programação e procedimento de coleta do lixo em Passo Fundo. Ouço muitas reclamações. No centro, há algo errado na Rua Capitão Eleutério, quadra entre General Osório e Independência. A falta ou atraso no recolhimento provoca um fedor insuportável. Na Vergueiro, a reclamação é do pessoal da Rua Gabriel Bastos, onde o recolhimento estaria desajustado ao cronograma da coleta. Lixo, além da questão sanitária, ainda fede.

Trilha sonora

Jorge Ben Jor, salve Jorge, salve simpatia. Da sua obra, uma das minhas preferidas é de 1979: Ive Brussel.

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