Apesar da chuva de rápida passagem no último domingo (26), a precipitação não deve se repetir durante esta semana. De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio, a presença de um ar seco na região Norte do Rio Grande do Sul deve contribuir para dias de céu claro a parcialmente nublado e baixa umidade relativa do ar até a sexta-feira.
As temperaturas também terão alteração, sofrendo declínio ao longo dos dias. Hoje, as temperaturas ficam entre 16°C e 27°C. Na quarta-feira, a mínima será de 16°C e a máxima de 26°C. Na quinta-feira, a temperatura mínima cai para 13°C, mas a máxima não sofre alteração. Na sexta-feira, ainda com céu claro a parcialmente nublado, temperaturas entre 12°C e 25°C. O fim de semana deve permanecer sem chuva, mas com céu parcialmente nublado a nublado. Sábado com mínima de 15°C e máxima de 25°C. No domingo, tanto a temperatura mínima quanto a máxima devem se elevar, ficando entre 17°C e 27°C.
Prognóstico para o outono
“A estação do outono tem como característica a amplitude térmica, que é uma grande diferença entre a temperatura mínima e a máxima em um mesmo dia”, explica Sampaio. Outra característica marcante da estação é a frequência de formação de nevoeiro ou névoa úmida ao amanhecer. Nesta época começa, também, o deslocamento de massas de ar polar, trazendo no final de abril ou começo de maio a formação de geada. “Os meses de abril e maio são os de menor média normal histórica. Em abril costuma chover cerca de 100mm e em maio 114mm”.
Sampaio salienta que, neste ano, a estação será marcada pela não incidência dos fenômenos El Niño e La Niña, já que as pesquisas indicam a neutralidade da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico.
Colheita da soja
As chuvas constantes durante o verão – foram 750mm entre dezembro e março – contribuíram para a alta produtividade nas lavouras de soja. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Cláudio Dóro, nos 40 municípios da região Norte do estado, foram plantados 575 mil hectares de soja nesta safra; um aumento de 2% em relação ao ano anterior. “A soja está em plena colheita e vem se acelerando. A produtividade está ótima, estamos obtendo uma média de 65 sacos por hectare”.
Ainda de acordo com Dóro, cerca de 45% da área já está colhida; 30% está pronta para colher; e 25% precisa de mais alguns dias para secar. Ele destaca o bom clima como principal fator para a expectativa de uma grande safra, de 5% a 10% superior em comparação com 2016. “Não temos dados ainda porque a colheita está em andamento, mas já dá pra pressentir pelo que foi colhido até agora que é superior. É a melhor safra da história gaúcha em termos de produtividade, por dois fatores: o primeiro, sem dúvida nenhuma, foi o clima. Choveu desde a formação da lavoura, no mês de outubro, até há poucos dias. Agora estamos sendo agraciados com dias secos, propício para colheita. O segundo fator é a questão tecnológica, os agricultores conduziram as lavouras com alta tecnologia, principalmente, uma boa adubação e conservação do solo, que associado ao clima está tendo como resultado essa safra fantástica”.