OPINIÃO

Trabalho é valor sublime

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O estado do Rio Grande do Sul tem uma história de apreço cultural mais aprofundado em relação aos demais estados, quando falamos em emprego formal. Por este ângulo, os recentes baques na oferta de emprego causam impacto sombrio. E algumas fontes de emprego, como o Pólo Naval de Rio Grande, em queda abrupta, jogam o cidadão em tenebrosa circunstância de sobrevivência. Chefes de família passam a viver angústia ao serem obrigados a se mudarem de mala e cuia, em busca de nova chance. O clima, além do grande estrago aos borbotões de empregados, não oferece opções mais esperançosas. A certeza de uma fonte de renda pela prestação de serviço vinha fazendo parte da estabilidade doméstica. Nesse quadro recessivo, a dor do desemprego causa sofrimento nos núcleos familiares e afeta os sustentáculos de dignidade. Esse sintoma é corrosivo e extenuante para o convívio social. Embora menos perceptível em alguns casos, as sucessivas demissões em vários setores geram tristeza perigosa. O trabalho como valor sociológico é sublime, mantém a relação de felicidade, quando equilibrado, mas acelera a desesperança com o choque da deterioração.

Terceirização

A afirmação de que a liberação do sistema de contratação via terceirização significa mais emprego não se sustenta. Ocorre em momento de desproporcionalidade na relação capital e trabalho. É assustadora a falta de seriedade do sistema de terceirização, com o tráfego intenso de empresas fantasmas. O senador Paulo Paim denuncia a permissividade causada pela terceirização nas barbas dos poderes, executivo, legislativo e judiciário. Acontece que a pressão pela redução de responsabilidade em relação aos empregados favorece aos grandes grupos, inclusive os novos nichos projetados pelos grupos financeiros. Os bancos! Começamos a ver os grandes privilégios atingindo direitos trabalhistas. “Quod licet Iovi, non licet bovi” (o que é permitido aos deuses, não é permitido aos bois!).

Artificial

O professor Eduardo Viola aponta o fenômeno mundial causado pelo ímpeto do desemprego da inteligência artificial. O Brasil surgiu no cenário mundial como força econômica crescente, mas não está conseguindo firmar-se. Além disso, não cessam as descobertas de novos focos de corrupção. Além da Lava Jato, a desbragada corrupção no governo peemedebista agrava a crise do Rio. Ontem o presidente da Assembléia Jorge Picciani foi levado sob condução coercitiva. E vejam, até conselheiros do Tribunal de Contas, bem remunerados para fiscalizar, são acusados de corrupção.

Onda Trump

Não há motivo para estranhar as bravatas isolacionistas do presidente americano. Afinal, ele foi eleito sob o signo conservador do Partido Republicano. Está decretado que os ianques vão diminuir a participação nos programas externos apontados nas convenções mundiais. A qualquer preço o presidente ataca o desemprego. A loucura do status militar é o grande retorno nacionalista de poder. Vejam a liberação das chaminés da energia do carvão, destruindo convenções construídas a muito custo nos oitos anos de Obama. A diferença em relação ao Brasil é a estrutura político democrática do parlamento onde a oposição é forte. O legislativo não está eivado de corrupção como o Congresso Brasileiro.

Retoques:

  • Sete estados brasileiros estão tratando de regulação dos super salários. A questão do teto, no entanto, esbarra no corporativismo que considera direitos adquiridos com cláusulas pétreas.
  • Delação da Odebrecht implode na política, também para treze governadores citados.
  • A Praça Tochetto continua uma referência para o lazer e o esporte. A cerca de tela que protege a quadra é boa. Faltam pequenos reparos, como os aros do basquete as placas de anteparo. São pequenas atividades de conservação, mas necessárias para melhorar o ambiente.
  • A Mesa Um do Bar Oasis voltou a se reunir no sábado, sob os auspícios do anfitrião Dr. José Osmar Teixeira com presença de importantes membros da confraria!

 

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