OPINIÃO

Teclando

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Chateando

Não quero ser chato. Muito menos o próprio. Mesmo porque falar de chato é uma chatice. Mas não dizer nada sobre os chatos seria permitir ser achatado. Chato é tão chato que é difícil encontrar uma definição adequada. É bem mais fácil identifica-lo. Para o chato não tem hora ou local, pois será um chato em qualquer circunstância. Uma característica indissociável do chato é classificar as outras pessoas como chatas. O chato sempre conta alguma história sobre alguém, dizendo que o cara é um chato. E ouvimos sabendo que o chato é o próprio com quem estamos conversando. Dizer que alguém é chato, parece confortável ao próprio chato. Para o chato é terapêutico falar que outra pessoa é chata. E não podemos dizer nada, nem pra chatear. Espero que ninguém fique chateado. Até porque chato chateado fica ainda mais chato.

Maionese I

No futebol, quando tudo dá certo é uma maravilha. Mas quando a maionese desanda ninguém mais segura. Este ano desandou a maionese no Vermelhão da Serra. Houve uma sucessão de erros que provocou um efeito dominó. A contratação de pessoas inadequadas para funções cruciais desencadeou o processo. A inoportuna troca de técnico teve o efeito de uma implosão. Com o time mal em campo, os resultados negativos atingiram as bilheterias. Nos últimos jogos do Passo Fundo, na beira do gramado o clima era de velório. Uma decadência que culminou com o rebaixamento iluminado pela lanterna.

Maionese II

Sem arrecadação e com patrocínio limitado, além do tombo em campo, o time do Vermelhão opera no vermelho. Nos moldes sartorianos, foi parcelado o pagamento de atletas e funcionários. Agora o futebol é uma grande incógnita. Copinha? Nem falar. E como disputar a Divisão de Acesso em 2018, sem os recursos distribuídos para a Primeira Divisão? No mínimo, complicado. O momento é muito delicado e exige uma reação. Se houve erros está na hora de assumi-los. Agora as circunstâncias exigem a unidade interna. E muito cuidado para que diferenças ou vaidades não azedem ainda mais a maionese.

Capa branca

A cerveja sempre esteve associada aos alemães. Mas, cá entre nós, é brasileiríssima. A loira gelada encaixou-se como uma luva no clima tropical. Houve uma época em que cada região tinha a sua própria cervejaria, quando a preferência era puro bairrismo. Em Passo Fundo a Brahma, em Getúlio Vargas a Serramalte, em Estrela a Polar, em Caxias do Sul a Pérola e assim por diante. Hoje temos um festival de marcas e rótulos nas prateleiras. As grandes marcas oferecem mais opções e ganharam a companhia das artesanais. Assim como ocorreu com o vinho, o brasileiro ficou mais exigente em relação à cerveja. As pequenas cervejarias estão reassumindo um espaço que já foi das fábricas locais. Temos uma excelente combinação: opções e consumidores. Com colarinho, lógico.

Trilha sonora

Nos anos 1960 a 1980, a música europeia marcava presença no Brasil. Leia-se música italiana e francesa. Em 1975 um dos mais ouvidos foi o francês Joe Dassin: Et Si Tu N'existais Pas

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