Campo de guerra
Brasília foi transformada em campo de guerra ontem à tarde quando cerca de 35 mil pessoas participaram do protesto denominado ‘Ocupa Brasília’. As manifestações iniciaram ainda pela manhã. Foram pacíficas até o meio da tarde, quando um grupo se destacou pelo vandalismo. Em três ministérios houve princípio de incêndio, foram evacuados e outros tantos tiveram vidros quebrados. Muita gente se feriu, resultado do confronto com a polícia. O vandalismo não é a melhor forma de protestar, mas indiscutivelmente traduz a revolta da sociedade com o atual momento político do Brasil. Um país consumido pela podridão da corrupção. Enquanto manifestantes e policiais travavam o confronto do lado de fora, no Congresso, deputados e senadores tentavam avançar na agenda. Impossível. Outra guerra nos plenários. Bate-boca, empurra-empurra, quase às vias de fato. Foi então que, atendendo a um pedido do presidente da Câmara Rodrigo Maia, o presidente Michel Temer convocou o Exército para garantir a segurança da Esplanada. Não será pela força, a do confronto, ou a armada, que iremos resolver a crise política do país. As instâncias são outras. O radicalismo não é o melhor caminho.
Lealdade
O presidente da Câmara Rodrigo Maia, na verdade, não pediu segurança através das Forças Armadas. Compartilhou uma decisão do próprio presidente Temer como prova de lealdade. Dividiram uma decisão polêmica que não foi bem vista nem mesmo entre os aliados. Estão juntos em qualquer circunstância.
Surpresa
"Espero que a notícia não seja verdadeira". Esta foi a reação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, sobre o Exército. O ministro manifestou preocupação durante a sessão do Supremo.
Ligados
Quando opositores buscam saídas em encontros fechados, é bom ficar de olho. A saída sempre será benevolente com ambos. Nunca em benefício do coletivo.
Economia
A crise política ainda não atinge a economia real, segundo o economista e professor Julcemar Zilli. Os indicadores seguem positivos. No entanto, a sociedade será atingida diretamente no bolso, se não houver capacidade de uma solução rápida.