Atacado e varejo
As pessoas reclamam em relação ao trânsito em Passo Fundo. Dificuldades para encontrar locais onde estacionar e pequenos engarrafamentos estão no topo das queixas. É inegável, há problemas de atacado e de varejo. Tudo começa pelo ponto de vista de onde vem a reclamação. Falam que há carros em excesso, quando sabemos que o ponto falho não pode ser a abundância. Ou haveria algum preconceito para delimitar quem pode ou não pode possuir um automóvel? Ora, o defeito é a deficiência e, portanto, o erro está na falta de estrutura viária. E como essa falha é antiga e ampla, é um problema de atacado. Mas entendo que o maior inconveniente não é estrutural. Então, chegamos ao varejo: motoristas e pedestres. Aposto que até aqui todos, ou quase todos, estão concordando comigo, pois se consideram bons motoristas e pedestres comportados. Será?
Atacado
Manter as ruas em boas condições de trafegabilidade já é uma complexidade. Realizar obras no trânsito é uma dificuldade ainda maior. As grandes obras transformadoras sequer estão na memória das mais recentes gerações. Nos últimos 40 anos tivemos três grandes intervenções públicas no cenário urbano: a permuta de área entre município e RFFSA, com a retirada dos trilhos da Avenida Sete e surgimento do Parque da Gare; as perimetrais e a ligação da Pellegrini com a Benjamin Constant. Depois disso, é claro, houve muitas obras, mas nada de revolucionário.
Varejo
Dobrando da 15 de Novembro para entrar na Paissandu, o motorista de uma caminhonete estava falando ao celular na mão direita. Não bastasse essa infração, ainda estava com um lindo cachorrinho envolto no braço esquerdo. Tudo isso sem o cinto de segurança. Ou seja, o cara é triinfrator. No varejo o problema é bem mais complexo. Há pessoas que só colocam o cinto de segurança quando passam em frente à polícia rodoviária. Outros usam e abusam do smartphone enquanto dirigem. À noite nos cruzamentos a maioria dos motoqueiros passa com o sinal vermelho. É correto andar sem o cinto, usar o celular ou buzinar por qualquer coisinha? E, então, ainda se acham bons motoristas?
Difícil
O trânsito em Passo Fundo exige ações no atacado e no varejo. No atacado devemos ter um pouco de visionários e muito em investimentos. Túneis ou viadutos, metrô ou aeromóvel? Não digam que isso é loucura. Falavam o mesmo sobre as perimetrais. Então, no atacado a solução pode vir de um planejamento arrojado. Difícil, mas não impossível. Já no varejo o problema é a má-educação. Punir ajuda, mas não muda a índole dos infratores natos. O problema dos maus motoristas é que se consideram sempre certos ou até mesmo imunes às leis. Educação é o único caminho. Difícil, mas não impossível.
Mesa Um
A Academia da Mesa Um do Bar Oásis segue com agenda movimentada. Na semana passada a sessão solene teve como paraninfo Álvaro Fonseca, o Neco. O encontro no Clube Comercial marcou o retorno ao plenário de Aniello D’Arienzo. Desta vez a Lisete abusou no almeirão com um glacê balsâmico. Mas o pudim do Biazi foi o maior sucesso.
Trilha sonora
Gravação de 1966. Burt Bacharach: Nikki
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