OPINIÃO

Teclando

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Civilização da baderna

A partir de amanhã, 11 de julho, será proibido consumir bebidas alcoólicas nos locais públicos em Passo Fundo. A medida atinge diretamente a baderna que tomou conta das ruas da cidade. Aliás, esse é o propósito da Lei Municipal nº 5.240. Mas é bom deixar bem claro que esta norma não é um simples passe de mágica. A sociedade deve fazer a sua parte para garantir que ela tenha eficácia. É interessante lembrar que nos últimos dias a baderna já encolheu. Parece que a cidadania deu ares da graça e fortaleceu a sociedade. A proibição de beber nas ruas é o pulo do gato, instrumentalizando a ação pública. Mas a situação é complexa e exige outros passos importantes. Como a educação vem de casa, os pais devem fazer a sua parte. A comercialização de bebidas também exige um trabalho consciente e responsável. E para quem tem idade para isso e deseja beber, não faltam excelentes opções em Passo Fundo. Baderna por quê? Somos civilizados.

Verde

Repicando entre modismos, estamos sempre um busca daquilo que é considerado politicamente correto. Na prática, são posturas com prazo de validade. Há algumas décadas, eclodiu uma onda ecológica. Mas o viva o verde foi caindo no esquecimento, abrindo espaço para outros temas da moda. Tanto que pouca gente fala sobre o verde urbano. Após as chuvaradas de maio, algumas árvores apodrecidas ou debilitadas acabaram despencando. E não houve replantio. Ah, se fosse lá por 1980 a 1990, teríamos até passeatas. As árvores nos canteiros e praças representam qualidade de vida. Mas, para evitar transtornos, é necessário escolher bem as espécies e locais. Viva o verde. Mas com planejamento e bom senso.

Violência

Criminalidade não é uma simples consequência estatística. Quando o assunto é violência, não são os números que medem a dor e o pavor. Infelizmente, o termômetro desta realidade está nas ruas ou nas páginas policiais. A violência preocupa. Aqui e lá longe. As mortes ocorridas nos últimos dias assustam. Especialmente em Passo Fundo, pois aquilo que ocorre mais próximo é mais contundente. Não importam as motivações do crime. Latrocínio ou homicídio resultam em mortes. Um caso ali, outro lá. Desespero de familiares e amigos, indignação coletiva. A violência ainda gera uma agressão psicológica coletiva.

Falta didática?

Quando vou colocar o pé na faixa de segurança e um carro para, eu fico sem jeito diante de um gesto que deveria ser habitual. Nem só de pessoas mal-educadas vive o nosso trânsito. Venho observando que a turma está ficando mais tranquila. Esperam o carro em frente estacionar e não buzinam, sinalizam, param na faixa de segurança e até sorriem. Mas é claro que nem todos são assim. Não são apenas mal-educados. São infratores. E não são apenas aqueles que falam ao celular. Nos locais onde a sinaleira não têm câmeras, não existe vermelho. E, nesse quesito, os motoqueiros são imbatíveis. Será que as multas não teriam um poder didático?

Trilha sonora

Em 1975, auge do movimento nativista, a linda música de Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcellos. Da flauta de Plauto Cruz saiu o canto do quero-quero, acompanhando o impecável Ivo Fraga: Cordas de Espinho

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