A arquitetura como forma de transformar a vida das pessoas

Através do lúdico, o acadêmico da IMED Cristiano Triches constrói mobiliários especiais para as crianças da rede pública de ensino de Passo Fundo

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O estudante de arquitetura e urbanismo da Imed, cristiano Triches, 20 anos, aproveita o estágio na Secretaria Municipal de Educação para colocar em prática o que aprende no curso. “Com meus 20 anos de idade fiz um intercâmbio na Irlanda, onde tive a possibilidade de visitar muitas obras arquitetônicas históricas e atuais. Viajei por diferentes países, apreciei diferentes elementos culturais e quando voltei ao Brasil, já estava decidido com imenso gosto pela profissão”. Natural da cidade de Guarujá do Sul, em Santa Catarina, Cristiano é estagiário da Secretaria Municipal de Educação de Passo Fundo desde o início de 2016, onde atualmente, integra o Programa Minha Escola de Cara Nova, desenvolvendo melhorias nos espaços físicos das escolas e construindo, com muita inspiração, mobiliários específicos para as crianças.

O Secretário de Educação de Passo Fundo, Edmilson Brandão explica que o trabalho desenvolvido por Cristiano tem como objetivo desenvolver móveis e espaços que sejam funcionais para as crianças, que estimulem a criatividade e a interação, buscando aplicar cores e tendências arquitetônicas mundiais nesses ambientes. “O Cristiano utiliza as referências que trazemos do exterior, de lugares que visitamos, e transforma a realidade das Escolas Públicas Municipais, conforme as necessidades que são apontadas pela direção e pelos próprios alunos, que são quem frequentam e utilizam esses ambientes. É através do lúdico que as crianças se desenvolvem e criam apreço pela escola onde estudam. A nossa preocupação a cada projeto colocado em prática é inovar, promover o bem-estar das crianças e desenvolver peças que não ofereçam riscos aos usuários”, ressalta.

Depois de verificar com as escolas o que elas precisam, o acadêmico, juntamente com o mestre de obras Rui Pereira, desenvolvem o projeto do mobiliário ou da intervenção, e colocam a mão na massa. São eles que constroem os mobiliários adaptados e fazem a mágica acontecer. Entre a biblioteca pública, quiosques e escolas, cerca de 15 espaços em Passo Fundo já receberam as intervenções projetadas e executadas por Cristiano e Rui.

Cristiano, que está quase finalizando a graduação, conta de onde vem sua inspiração para a criação dos mobiliários e das intervenções que são feitas na rede pública de ensino. “Minha inspiração vem das próprias crianças. É importante observá-las, pois, muitas vezes, um simples rabisco pode significar muito para elas, que estão constantemente imaginando algo significativo em suas vidas. Desta forma, busco transmitir todo este conceito nos mobiliários, de forma lúdica, que a criança/usuário possa usufruir do ambiente de uma forma muito mais interativa, onde ela possa levar os coleguinhas para conhecer e brincar, onde os pais também possam estar muito mais participativos neste ambiente”, ressalta.

Para o estudante, a aproximação da arquitetura com o ambiente escolar é importante, pois possibilita que haja uma conexão direta com a vivência diária do usuário. “Isso transmite na prática o papel social que a profissão de Arquiteto e Urbanista deve exercer. Para as crianças, ter um ambiente transformado é muito mais significativo do que possa parecer, pois realmente há uma mudança positiva em seus hábitos, seja na escola ou em casa, fazendo com que a cidadania esteja muito mais presente em suas vidas. Me sinto muito feliz, pois a arquitetura possibilita a mudança na vida das pessoas”, diz.

Entre a biblioteca pública, quiosques e escolas, cerca de 15 espaços em Passo Fundo já receberam as intervenções projetadas e executadas por Cristiano, Rui e Edmilson.

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