Você já imaginou receber uma encomenda de tele-entrega e encontrar a cópia da comanda, encaminhada por engano pelo estabelecimento comercial, com algo escrito do tipo “cliente chata”? O que você faria diante de tal situação? Pois isso já aconteceu no Brasil. Em 2014, em Brasília, uma secretária executiva solicitou dois sanduíches pelo sistema de tele-entrega, e ao receber os produtos em casa deparou-se com o bilhete nada convencional. A compra foi feita no Restaurante Zimbrus. A alegação da consumidora, à época, para o fato de ser considerada chata por algum funcionário do estabelecimento é da que costumava reclamar porque o sanduíche vinha com carne de gado quando ele pedia com frango e vice-versa ou às vezes a entrega demorava demais. É claro que a cliente reclamava e algo que deveria ser considerado com normalidade pelo estabelecimento comercial, afinal, “o cliente tem sempre razão”, foi encarado como uma situação anormal, daí a cliente ser classicada como “chata”. Antes que o fato fosse parar na justiça, o proprietário do estabelecimento se desculpou com a consumidora, mandou algumas cortesias e tomou providências internas como advertiu o funcionário causador do transtorno. O fato é importante ser tratado porque envolve uma situação corriqueira nas relações de consumo, a satisfação e a insatisfação do cliente. É importante que tanto consumidor, quanto fornecedor, tenham consciência de que falhas podem ocorrer ao longo da execução dos serviços, mas que é preciso diálogo e bom senso para enfrentar estas crises. E a primeira filosofia de trabalho a ser adotada pela empresa fornecedora de serviços e produtos é a de reconhecer que o “cliente sempre tem razão” e ter cuidado quando expõe ou escreve algo indevidamente sobre o modo de agir do cliente.
Talco e o risco de câncer
A multinacional Johnson & Johnson foi multada por um tribunal do júri de Los Angeles, nos Estados Unidos, em US$ 417 milhões. A multa decorre de negligência da empresa por não advertir risco de câncer, ligado ao uso de produtos de talco. A informação foi publicada no "Los Angeles Times". Nos Estados Unidos, segundo noticiou o jornal, mais de 300 processos foram abertos contra a empresa, apenas na Califórnia. Em todo o país foram abertas mais de 4.500 ações. Uma das vítimas foi diagnosticada com câncer nos ovários em 2007. Ela vai receber US$ 70 milhõesde indenização.
FRAGMENTOS
- Numa recente pesquisa publicada na Revista Época, os consumidores escolheram as piores operadoras de telefonia do país. A pesquisa foi coletada de janeiro a junho deste ano. A Vivo lidera a lista de reclamações com 45.598; seguida pela ordem por Tim (28.999), Claro (18.787), Oi (18.443) e Nextel (9.440).
- A 5ª Vara Cível de Santos-SP determinou que uma operadora de plano de saúde custeie a realização de exames completos em criança para diagnosticar doença grave. A operadora havia negado o exame porque o procedimento não constava do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A decisão levou em consideração o direito à saúde e o risco na demora de realização do procedimente.