O Brasil é um grande player internacional no agronegócio, nossa posição na produção e exportação de alimentos demonstra claramente essa posição: ocupamos a primeira posição em exportação de café, açúcar, suco de laranja, carne bovina, tabaco e carne de frango; segundo país em exportação de etanol e milho; terceiro em exportação de carne de peru e algodão e quarto país em exportação de carne supina, segundo dados da (ABPA; ÚNICA; ABIOVE; CITRUSBR; ABIC; CONAB; SECEX; SINDITABACO).
O agronegócio brasileiro está sendo o grande responsável pela virada econômica, foi o responsável pelo crescimento econômico no primeiro trimestre de 2017, e mantem-se firme impulsionar a economia e deixar para trás a recessão que tem impactado de maneira negativa na vida da população e no ambiente de negócios em osso país.
Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)o setor de aves produziu 12,9 milhões de toneladas, respondendo por 15% da produção mundial sendo que 4,38 milhões de toneladas que representam 37% das exportações mundiais. Em 40 anos, foram produzidas 60 milhões de toneladas exportadas gerando uma receita US$ 94 bilhões, foram utilizados 2,4 milhões contêineres para 203 países, desde 2004, o maior exportador mundial de carne de frango, tais dados foram apresentados pelo ex-ministro da agricultura e atual Diretor Executivo da ABPA em um fórum de gestão na cidade de Tapejara.
Os bons números não param por ai, em carne suína os dados apresentados demonstram um grande salto, 3,7 milhões de toneladas produzidas, 2% da produção mundial, sendo exportados 730 mil toneladas representando 11% exportações mundiais. Em 40 anos 9,3 milhões de toneladas exportadas, somando US$ 19,3 bilhões em receitas 369 mil contêineres para 120 países.
Para o Diretor Executivo da ABPA, Francisco Turra, o grande desafio será cada vez mais qualificar a produção e agregar valor para atender a demanda mundial de alimentos. Como exemplo da importância de agregar valor é a união do complexo grãos com a produção de proteína. Segundo Turra, se exportássemos todo o milho e farelo de soja utilizada na produção de frango teríamos um saldo de US$ 925 milhões, ou seja, US$ 5,9 bilhões a menos do que o saldo dos embarques de carne de frango.
O mundo precisa e quer alimentos, a migração populacional do campo para a cidade na China, o crescimento da Índia, e a mudança do estilo de vida nas grandes cidades transformou e irá transformar cada vez mais os hábitos de consumo e preparo dos alimentos: demanda por opções convenientes; opções industrializadas; prontas para o consumo; fáceis de preparar. Demandando produtos com certas características, como porções menores e pré –temperadas.
Precisamos estar atentos a Revolução 4.0 que segundo o autor Klaus Schwab em seu livro A Quarta Revolução Industrial afirma que "estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes".
O Agro 4.0 terá infinitas oportunidades de crescer e agregar valor, com estímulos adequados, um ambiente de negócios mais previsível e as parcerias entres os produtores, associações, com as universidades, Embrapa, que realizam pesquisa de ponta será possível agregar valor, gerando receita e impulsionando as inovações tão necessárias para atender a demanda crescente.
O mundo quer consumir produtos sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental. A tecnologia tem sido uma grande aliada para o agronegócio, ampliar sua utilização possibilitará a rastreabilidade da nossa produção melhorando significativamente nossa imagem e agregando valor a nossa produção.