As intervenções urbanas têm ganhado cada vez mais força no município de Passo Fundo. Além da arte, já distribuída em duas escadarias da cidade, a da Brahma e a do Complexo Cultural Roseli Doleski Preto, a Confraria das Artes, em parceria com a Prefeitura, decidiu dar cor a mais um espaço cinzento: a escadaria da rua Independência com a avenida Sete de Setembro.
O projeto de arte urbana na “escadaria da Sete”, conta com o apoio da Secretaria de Cultura e da Secretaria de Planejamento e a ideia surgiu em um encontro comum do grupo da Confraria das Artes. “Fomos dar uma olhada e nunca tinha sido modificado nada no local. Decidimos então começar a trabalhar ali para trazer vida à escadaria”, comenta Lindiara Paz, coordenadora da Confraria das Artes. Após enviar o projeto para a Secretaria de Planejamento e receber a autorização da mudança, foi necessário realizar um restauro na escadaria abandonada. Além do incentivo, a Prefeitura também ajudou o grupo com materiais, como tinta e pincéis.
A terceira intervenção artística do grupo, além de contar com a participação de integrantes da Confraria, recebeu a ajuda de pessoas que integram outros setores culturais da cidade e voluntários, contabilizando 10 pessoas no total. Lindiara relembra que a primeira tentativa de pintura na escadaria foi boicotada pela chuva, mas isso não foi motivo de desânimo. No último domingo (3), o grupo retornou ao local e fez acontecer. O trabalho iniciou cedo, as oito horas da manhã, e seguiram com as pinturas até o final do dia, em torno das seis horas. Ainda faltam alguns retoques finais que serão finalizados no feriado do dia sete de setembro.
A escadaria cinzenta, invisível aos olhos de muitos, passou a ganhar grande visibilidade da comunidade. “Não esperávamos esse retorno”, conta a coordenadora em um tom animado. A comunidade tem recebido com alegria essas mudanças, e há interesse de transformações em outros lugares do município, inclusive em escolas. Lindiara afirma que o propósito do grupo é o de levar arte para espaços de passagem cotidiana dos cidadãos, tornando o dia de quem passa por ali muito mais alegre e o local mais convidativo. “Nem todos vão à museus ou galerias de arte. Essas pinturas são uma forma de proporcionar arte de graça à população”, garante a artista.