OPINIÃO

Congresso defende Temer

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Do ponto de vista ético moral, teremos mais um momento pífio do Congresso Nacional, com gastos públicos enormes, para presenciarmos a hipocrisia explícita negando o seguimento do processo contra o presidente Temer. É apenas ato formal, destituído de valor representativo da vontade popular. A vergonha no sentido virtuoso exigível de representantes parlamentares será novamente desclassificada pelo caráter incestuoso na falta de isenção no Congresso envolvido nas denúncias de corrupção. Nenhum deputado terá iniciativa de declarar-se impedido por ser acusado. Além dessa artimanha que manipula a lei, restam os danos financeiros que recaem na conta do povo. Não é a democracia a vilã das atrocidades morais. São os titulares do proscênio no julgamento político. E mais, mesmo sendo político, não mereceria ser ultrajado o conceito de consciência política que deveria revestir-se de moral e ética. E já se atribui também, genericamente, a culpa aos eleitores. Isso é terrível. Virgílio advertia “qualescunque sumi viri sunt, talem civitatem habemus” (temos a representação de acordo com o grau de consciência dos cidadãos). É relativo. Não é possível que a grande maioria dos eleitores autorize deputados a empurrar o cisco pra baixo do tapete. Imagina-se que os votos pela autorização ao processo de Temer pelo Supremo sirvam, ao menos, para formalizar advertência à nação. As pessoas de bem querem que corruptos sejam processados. Os deputados podem resolver isso democraticamente, ou deixar a consciência de lado preferindo vantagens inconfessáveis.

Diferenças

Os reflexos da corrupção rebaixam as condições de vida do cidadão do estado roubado. Estima-se que metade desse dinheiro roubado do povo, pelos falsos guardiões, seria suficiente para recuperar a decência nas escolas, na saúde pública e em vários deveres do estado. Sem punição nem resgate do ouro que nos pertence, continua vibrando o vergalho da opressão e miséria para assegurar privilégios.

Asas aos psicopatas

A criminologia explica alguns aspectos sobre a ação deletéria de delinqüentes potenciais ou ativos. São psicopatas que se jactam na iniqüidade, prejudicando ou arrasando vidas inocentes. Esses doentes, portadores de extrema maldade, sem qualquer compaixão com suas vítimas são considerados em graus diferentes, ou (os contidos) pessoas que vencem essa pérfida inclinação. Mas todos eles sabem o que fazem, ferem ou matam. Apenas não sentem nada de afetivo ou de compaixão. Estupram e matam com requinte de crueldade, mas se apresentam hábeis, agradáveis, e até moralistas para seduzirem vítimas.

Esses não têm cura

A rigor é difícil entender nessa gente que tem dinheiro e grande poder, e usa os canais partidários para suas atrocidades de corrupção. A facilidade de enganar pessoas é maior através de funções reservadas aos mais confiáveis. Vejam os métodos empregados pelos psicopatas dos crimes cruentos. Eles agradam mais as vítimas. E fazem isso conscientemente. São inteligentes. Na política acontece também. E os predadores da política partidária, cantam como sereias nos palanques eleitorais, mas são tubarões ferozes no aquário de Brasília. E alguns são criminosos psicopatas, roubam sem piedade e roubarão sempre. Psicopatas não têm cura. Compreendem o caráter criminoso das ações que cometem, mas não se arrependem. Os contumazes corruptos que assolam o país são psicopatas (ditos moderados), que não têm cura!

Brasil Sem Fresta

Ao contrário do que ouvimos neste alvoroço ensurdecedor da desordem cívica partidária, Passo Fundo acende ardentia humanitária inusitada. Já havia falado antes com a empresária Maria Luiza Camozatto, a iniciadora do gesto social Brasil Sem Fresta. A idéia anda rápida e floresce quase do nada, muito mais da vontade solidária do que do dinheiro. As caixinhas de leite, vazias, lavadas, são juntadas para forrar paredes de muitos lares modestos. As voluntárias vêm ampliando o atendimento e já beneficiaram 171 moradias em Passo Fundo. O exemplo é mais que uma citação do quanto podemos, mas um apelo ao que devemos realizar pela comunidade.

 

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