O principal e os acessórios
Não existe aeroporto sem uma pista. Então a pista é o principal. Outros detalhes são apenas acessórios. Em Passo Fundo os usuários reclamam da falta de estacionamento e até do tamanho do televisor. Ora, esses são fatores periféricos. O essencial está atrelado às condições operacionais. A segurança é o principal, o conforto é acessório. Se pousarem por aqui as tão propaladas verbas, os recursos serão utilizados em algumas melhorias. Isso será bom, claro. Mas não resolverá os problemas causados pela péssima localização da pista: vento de través e elevada altitude. Respeito a dedicação daqueles que lutam para viabilizar essas melhorias, mas isso tudo não resolverá esses problemas. Pelas restrições operacionais perdemos a Avianca e a Azul encerrou os voos para Porto Alegre. Então, imediatismo de lado, vamos atacar o principal: localização da pista. Mas, como tudo em aviação, isso exigirá estudos para um novo plano de voo. E para isso nada melhor do que a assessoria de quem sabe voar: os pilotos. Eles, assim como os pássaros, sabem escolher o melhor local para pousar. Isso é o principal.
O encanto do papiro
Passo Fundo, cidade literata, está sempre debruçada sobre os livros. Sábado, encontrei no Bourbon o amigo e colega Carlos Alejandro e fomos visitar a Feira do Livro. Além de muita música, não faltam atrativos para as crianças. Inclusive os próprios livros. Isso permite algumas reflexões sobre a leitura. Se vivemos numa era virtual, como pode um material impresso ser tão atraente às crianças? Ah, a tinta ainda tem um mágico poder de sedução. Desenhos, cores, palavras e papéis encantam e dão brilho aos olhos dos pequenos. Fiquei com a impressão de que a evolução do papiro continuará entre nós por muito tempo.
Involuir jamais
Fico muito preocupado quando colocam a ignorância acima do conhecimento. Parece que quando os pensamentos bitolados se encontraram, a ignorância caminha ao lado da arrogância. É grave quando a incultura pisa sobre a sabedoria. É um alerta para o iminente risco da involução. As pessoas não podem atirar pela janela os seus conhecimentos, pois os ensinamentos obtidos carregam o valor do sofrimento. Existimos para evoluir. Dar ouvidos ao obscurantismo é devastar a própria humanidade.
Má-criação
Lamentavelmente, ainda flagramos cenas explícitas de má-educação. Aliás, é má-criação mesmo. Num supermercado, a cliente abre a porta do expositor refrigerado quanto recebe uma mensagem. Pega o aparelho, abre o aplicativo, lê a mensagem e, tranquilamente, ainda responde. Tudo isso com a porta aberta diante das embalagens com carnes. Apenas distração ou os neurônios sofreram um choque térmico? Nos estacionamentos, então, impera a falta de lógica. Um carro vai manobrar, sinaliza e engata marcha à ré. Outro chega e, ao invés de aguardar o primeiro sair, imediatamente coloca ao lado prejudicando a manobra. Pior. Ainda deixa o carro atravessado e ocupando duas vagas. Mais um malcriado.
Trilha sonora
A arte não tem fronteiras e flutua pela alfândega do tempo. Do Festival de San Remo em 1965, da dupla Pallavicini & Donaggio, para o encontro de Chiara Civello e Gilberto Gil – Io Che Non Vivo
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