As chances de se deparar com diferentes cheiros, cores e sabores são altas para quem passar pelo CTG Lalau Miranda neste fim de semana. Lá acontece a 16ª edição da Feira Regional da Economia Solidária (Fresol) e Mostra da Biodiversidade, que reúne 80 expositores de pelo menos 17 municípios do estado. Os produtos disponíveis são variados: vão desde o artesanato de retalhos, porongos e madeira até produtos feitos exclusivamente na agricultura familiar. Na sexta-feira (10), e equipe de ON percorreu os estandes e mostra o que o consumidor pode encontrar na feira que segue até as 21h de domingo.
- Picolé de açaí-juçara: O picolé de açaí-juçara é uma das novidades da feira. O doce gelado faz parte do projeto Encontro de Sabores, que não só faz picolés de açaí, mas também de goiaba, bergamota, guabiroba e butiá - todos parte da flora nativa do RS. No total, cerca de mil picolés estão disponíveis para serem vendidos na feira. “A nossa ideia é não só promover este deguste das plantas nativas, mas também incentivar agricultores a plantá-las, sempre buscando a conservação ambiental”, explicou um dos coordenadores do projeto, Alvir Longhi.
- O artesanato de Casca: Outro destaque da Fresol é a cidade de Casca, que chega com a Associação Arte Casca. São artesãs e artesãos que produzem diferentes tipos de produtos com material reaproveitado. Maristela Peron é uma delas: constrói pequenos fogões a lenha que servem como suporte para incenso. “Dá trabalho. Levo mais ou menos umas quatro horas para fazer cada um deles”, conta ela. Já Leda de Césaro costura retalhos de roupas: faz desde prendedores de cabelo até arranjos de decoração para guardanapo. O trabalho, segundo ela, o trabalho minucioso é visto como diversão. Além de trabalhar na agricultura, Leda concilia o artesanato com as tarefas domésticas. “É uma distração, uma prevenção para a depressão até. Meu divertimento é isso”, contou enquanto mostrava as flores feitas com tecido acetinado.
SERVIÇO
16ª Fresol
- Onde: CTG Lalau Miranda
- Quando: 10, 11 e 12 de outubro
- Horário: 10h às 21h
- Outra cara para o porongo: O material feito para dar origem às cuias de chimarrão ganha outro significado pelas mãos da artista plástica Tânia Leite. Ela corta, cola, lixa e transforma a planta conhecida como porongo. A partir disso nascem as figuras de homens, mulheres, animais e objetos - sempre devidamente pintados em cores vibrantes. “A maior dificuldade é encontrar. Eu busco nas estradas quando vou para o interior ou para Porto Alegre”, conta ela, que também faz parte da Confraria das Artes.
- Arte na madeira: A artesã Aline Longhi viajou 230 km para expôr os objetos feitos a partir da madeira. Vinda da cidade de Ipê, na serra gaúcha, ela transforma pedaços de árvore que seriam descartados em artigos decorativos. “É tudo baseado no reaproveitamento da madeira. Nada é derrubado”, conta ela.
- Agricultura familiar em destaque: Os alimentos também fazem parte da Fresol. A Cooperfamília, de Erechim, traz de tudo um pouco: bolachas caseiras, diferentes tipos de queijos e salames e outros produtos da agricultura familiar.
