Sua crise, minha vida
Ao meu leigo olhar, temos dois quadros econômicos distintos: o que propagam e aquele que enxergamos. Falam do ‘mercado’, como se fosse uma pessoa com sentimentos e reações humanas imediatas. O tal de mercado teria reflexos surpreendentes diante do martelo de neurologista. Ora, se observarmos o conjunto de informações que recebemos, significaria que passamos por uma grave e dilacerante crise. Além das maracutaias envoltas pela gosma política, há uma nítida propagação de um ranço que deteriora as estruturas institucionais. Então, com seus invejáveis reflexos e elevado desempenho hepático, o dito mercado já converteu toda essa lambança em uma profunda crise econômica. Esse é o quadro insistentemente cantado em verso e prosa. Mas há outro quadro econômico. É aquele que vi nos últimos dias. Numa sexta-feira de promoção as lojas estavam entupidas de clientes. Grande movimento nos supermercados. Pacotes de compras desfilando pela cidade. Também vi uma exposição do otimismo passo-fundense: a Expoacisa, por onde desfilaram largos sorrisos e bons negócios. Foi isso que esse leigo em economia enxergou em época de contundente crise econômica. Ah, confesso, tenho muita inveja do fígado desse tal de mercado!
Os Miseráveis
A ignorância produz intolerância e gera agressividade. Isso não é nenhuma novidade. Porém, lamentavelmente, é uma realidade. O homem foi à Lua em 1969. Produziu tecnologia, mas ainda não evoluiu como ser humano. Falsos puritanos, falsos democratas, falsos humanistas, falsos seres, falsos religiosos e tantas outras falsidades, são o retrato mais triste da humanidade. Será que a igualdade faz mal, machuca ou inferioriza aos pobres de espírito? Entre pobres nobres e nobres pobres, compreendemos que a pobreza de espírito é a maior miséria. Mas, com certeza, essa ignorância jamais irá sobrepujar ao conhecimento. Miseráveis não são aqueles que vivem na miséria. Miseráveis são os intolerantes aos seus semelhantes. Essa, sim, de fato é a verdadeira pobreza. A nobreza independe do reluzir do ouro, pois é acompanhada pelo brilho da alma.
Mesa Um
A Mesa Um do Bar Oásis teve Sessão Solene, quinta-feira, no Salão de Eventos do Vermelhão da Serra. O paraninfo da noite foi Evandro Zambonato, que apresentou um cardápio para entrar na história da confraria. Com a maestria culinária de Izene Mognon, as iguarias servidas no banquete foram indescritíveis marrecas recheadas. Sucesso absoluto e comprovado pelas inevitáveis (e bem-reforçadas) repetições. Além disso, tive a imensa alegria em reencontrar Jorginho Figueiredo Ramos, querido amigo que veio do litoral catarinense. Confrades de todas as épocas trocaram palavras, brindaram a amizade e cultuaram a gastronomia. Podemos dizer que o encontro lembrou um moinho, pois moeu a pau. E quem não foi, ficou se remoendo.
Folga
Vou logo ali. Mas já volto.
Trilha sonora
A música só atinge à alma quando é carregada por fortes sentimentos. E interpretar é viver a música. Assim é uma das minhas cantoras prediletas. Lara Fabian: Tango
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