A decisão é da Câmara
Quem vai dar a palavra final se a negociação entre Manitowoc e Comercial Zaffari deve mesmo sair é a Câmara de Vereadores. O Executivo recebeu as duas empresas que informaram o acerto comercial e a disposição de oferecer R$ 8 milhões como ressarcimento das benfeitorias realizadas no local . Agora o Executivo deve receber um protocolo de intenções das duas empresas, analisar tecnicamente par ver se elas cumprem condicionantes. Superada a etapa, é feito um projeto e encaminhado à Câmara de Vereadores. Aos vereadores caberá a palavra final: dizer se aceitam ou não o acordo. O acordo entre Manitowoc e Zaffari é de empresa para empresa e não envolve o Executivo. Da mesma forma que não envolve somente o valor de ressarcimento, mas também o resto a pagar ao BNDES, que deve estar perto de R$ 26 milhões. A Manitowoc conversou sim com outras empresas interessadas, mas optou pelo Zaffari, porque entendeu que o negócio seria melhor efetivado. Como há acordos de confidencialidade, não se sabe o que as empresas ofereceram.
Hipóteses
* A Câmara de Vereadores e o Executivo não podem obrigar a Manitowoc a negociar com empresa que ela não queira.
* Se a Justiça decider pela devolução da área ao município, atendendo a ação popular movida pelo vereador Patric Cavalcanti, certamente teremos um imbróglio judicial que deve levar anos. E, enquanto isso não se definir, a área fica lá parada.
Futuro
O futuro do ex-prefeito Airton Dipp depende unicamente dele. É claro que ele seria um nome forte para disputar vaga tanto para a Câmara dos Deputados, quanto para a Assembleia. Tem sido tentado a pensar a respeito. Mas, o diretório estadual faz força para que ele seja o próximo presidente. É um conciliador por natureza. De outra parta, o pré-candidato ao governo, Jairo Jorge, convidou Dipp para que ele seja o coordenador da campanha de 2018. Ofertas na esfera política não faltam ao ex-prefeito.
Tudo se transforma
A colunista não mudou sua opinião a respeito da Nau instalada no Boqueirão e que popularmente é chamada de Caravela. Mas, tem males que vem para o bem. O fato de o vereador Ronaldo Rosa ter levantado a possibilidade de retirada na Nau (Caravela) do local, acabou mobilizando os moradores do bairro. Eles não querem que isso aconteça porque o monumento se tornou referência. O que aconteceu é que, auxiliados por outro vereador, Saul Spinelli, foram à luta e conseguiram apoiadores para reformar a Nau e revitalizar o espaço para convivência da comunidade. O fato é que tanto Ronaldo (que retirou o projeto atendendo a este anseio) e Saul cumprem muito bem seu papel como vereadores. Quem manda é o povo e pouco interessa o que individualmente pensamos sobre o assunto. A maioria sempre vence. Isso é Democracia.