Houve-se o cochicho e o sussurro do povo pelos quadrantes da cidade e do campo. O torpor das pessoas tem o tom sombrio e triste do desemprego, insegurança nas ruas ou nas casas e casebres. O sistema de saúde pública está desabando pelos efeitos da corrupção em desvios de verbas praticados por agentes do estado e a sinistra facilitação que envolve profissionais de elite também na esfera privada. As raízes sistêmicas do crime organizado são profundas demais. Resistentes. A polícia está agindo, mas enfrenta obstáculos furiosos no Congresso Nacional. Pela ausência de seriedade na maioria parlamentar, a orgia dos privilégios continua enchendo as burras dos poderosos. Por isso, o Brasil que queremos deve ser o mais urgente. Algumas ações devem ser já, com legislação que confisque os bens mal havidos, o quanto possível. A horrenda falta de escrúpulo dos corruptos e corruptores, todos, exige instrumento reforçado para tomar de volta o dinheiro roubado. É a única ação que atinge a mente desenfreada dos bandidos de colarinho branco. Essa mudança deve ser agora, o que não se espera do Parlamento.
Movimento sem ódio
Nova mobilização popular é também necessária. Nova significa sem os ódios atávicos ou orquestrações de comandos viciosos, especialmente na imprensa. Os partidos políticos, por mais desprestigiados que sejam, devem encontrar a força no povo, a partir da honestidade. Afinal, o peso fúnebre da corrupção não pode ser maior que o fragor produtivo, a força de trabalho e as riquezas genuínas de nossa terra. O absurdo da plutocracia (ou “cleptocracia”) não pode derrotar o país de tantas riquezas. A vigilância do povo é a única arma eficiente.
Indignação
A fortuna é proporcional ao andrajo moral dos que sugam o dinheiro público. “Quid non mortalia pectora cogis, auri sacra fames” (a que não constranges os corações humanos, ó maldita fome de ouro!). Na antífrase de Virgílio nos versos da Eneida a palavra sacra (sagrada) do poeta latino ganhou o sentido de abominável. A punição dos culpados não pode ser adiada.
Chico Garcia
Nas imediações da praça Tochetto encontramos fontes da arte literária. Uma delas é o autor escritor e psiquiatra Jorge Salton. Um pensador muito respeitado. O mais recente encontro foi com o poeta popular Chico Garcia. O cara é incrível. Seus versos exclamam coisas da convivência. Já são mais de mil poesias, algumas musicadas. Fala direto, com versos humorados.
Caixa preta
A Caixa preta da Caixa Federal começa a revelar coisas hediondas. A vice-presidência Corporativa da CEF está sob séria investigação. O executivo Antônio Correa Ferreira afirma que não atendeu ordens de Eduardo Cunha, campeão de corrupção. O presidente Temer foi advertido pelas autoridades para afastar dirigentes acusados. Mesmo contra a vontade Temer afastou os suspeitos. A coisa é grande nos contatos de garagem!
COPREL
A Cooperativa de Eletrificação Rural – COPREL celebra 50 anos de atividade. Acompanhamos a iniciativa desde os primeiros passos, quando o presidente Jaime Stefanello era bem jovem. Uma caminhada que merece ser apreciada, pois mostra que seriedade e competência significam garantia de êxito. O espírito de cooperação é mote indispensável sucesso do setor produtivo.
Governo frágil
A insistência em alterar a Regra de Ouro, para afrouxar o orçamento da União, a tentativa de mitigar ações fiscais de combate ao trabalho escravo e a efetivada renúncia fiscal para agradar a bancada ruralista, influenciaram no rebaixamento. A Standard & Poor’s, juntou isso à oposição à Lava Jato e rebaixou a nota do Brasil. O quadro ministerial de Temer também não recomenda e torna um governo frágil. Além disso, a agência que rebaixou o conceito do Brasil tem seus meandros.
Mosquito
Cada vez que o perigo de epidemia ameaça a população, mais se questiona o saneamento básico em todas as cidades do país.