Aumenta o número de argentinos na cidade

Circulação dos estrangeiros cresceu após as festas de ano novo

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Argentinos passam pela cidade para ir ao litoralArgentinos passam pela cidade para ir ao litoral
Argentinos passam pela cidade para ir ao litoral
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Depois de um final de ano mais calmo, em 2018 os argentinos começaram a aparecer em maior número em Passo Fundo. Vizinhos do Rio Grande do Sul, os argentinos costumam passar o natal e ano novo em seu país para depois aproveitar as férias e visitarem as praias do litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para se ter uma ideia do número de 'hermanos' que passam pela cidade, até terça-feira (23) 1.100 haviam sido abordados e multados pela Polícia Rodoviária Federal de Passo Fundo, enquanto outros 1100 foram pegos pelos radares eletrônicos.

O policial rodoviário federal Lúcio Finkler confirma que o tráfego cresceu muito em relação ao final de passado e ao mês de janeiro de 2017 - a reportagem acompanhou o trabalho da PRF na tarde de quinta-feira (25) e em aproximadamente cinco minutos 15 carros com placas da argentina haviam passado pela BR 285. Na cidade, as maiores infrações que geraram abordagem e multa foram excesso de velocidade, ultrapassagem proibida, falta do cinto de segurança do passageiro (e não do motorista) e também falta do documento de porte obrigatório – o seguro de segurança contra terceiros, mais conhecido como Carta Verde.

Para fiscalizar a entrada dos estrangeiros durante esta época do ano, um reforço é feito na fronteira com a Argentina. Em Passo Fundo, o auxílio de um maior número de policiais aconteceu nos primeiros dias de 2018. Com todo o movimento, dois acidentes envolvendo argentinos foram registrados pela PRF. Em uma colisão frontal na BR 285 km 258, um brasileiro que estava ao volante e um argentino, passageiro sem cinto de segurança em outro veículo, morreram – os outros dois ocupantes argentinos foram encaminhados para o Hospital de Carazinho. Na mesma rodovia, um caminhão e um automóvel argentino se chocaram. Porém, as vítimas sofreram apenas lesões corporais e tiveram danos materiais.

Procura por hotéis

Apesar do grande movimento nas estradas, os argentinos estão movimentando pouco os hotéis em Passo Fundo. Segundo a gerente do Maitá Palace Hotel, Maria Elisabeth Martins, a procura por hospedagem, de maneira geral, tem sido muito fraca. “Ano passado já foi ruim, mas este ano está sendo pior ainda. Os argentinos, assim como os brasileiros, estão sofrendo com a crise econômica. Tem hotéis que não receberam um argentino”, completou. A gerente ainda comentou que uma entrada alternativa por Itaqui e Uruguaiana também tem influenciado na baixa procura por hospedagem. Já na visão de Francisco Biancini, diretor do Turis Hotel, a procura tem sido boa, principalmente no fim de semana. “A procura cresceu uns 30% em relação a janeiro do ano passado. No último domingo haviam 20 argentinos tomando café da manhã. Já recebemos cerca 50”, pontuou. Os demais hotéis consultados não passaram informações.

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