Desde o início do ano, a Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo coletou 14 amostras de larvas do mosquito Aedes aegypti, que foram enviadas para análise laboratorial. Dessas, 9 retornaram com resultado negativo e 5 aguardam a realização do exame. O município também está incluso em teste de resistência, que será feito em março.
De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, a Vigilância tem mantido as vistorias e fiscalizações mesmo com os resultados negativos dos testes que determinam a presença do vírus da dengue no mosquito Aedes aegypti. A partir do dia 9 de março, um novo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA) deve ser realizado no município, com resultados previstos para o final da semana seguinte.
A partir do dia 12 de março, o Núcleo iniciará o trabalho necessário para a realização do chamado teste de resistência. O teste é realizado uma vez a cada cinco anos e Passo Fundo está entre os 143 municípios escolhidos pelo Ministério da Saúde para receber a pesquisa. De acordo com Ivânia, o teste é feito através da montagem de 150 armadilhas, que consistem em potinhos de água parada, que serão monitorados e recolhidos após sete dias, com a intenção de que ovos do mosquito estejam presentes na água e então possam ser enviados para testar a resistência aos larvicidas utilizados no combate à larva. O trabalho de campo é inteiramente efetuado no município e depois as amostras são enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, onde a pesquisa é processada. Os resultados ficam previstos para o mês de abril.
Apesar da constante fiscalização nos bairros, Ivânia alerta que ainda há problemas sérios de concentração de água parada no município: “nosso maior problema está nos acúmulos de lixo, nos entulhos, que acumulam bastante água, aí até o proprietário ser localizado e notificado para que a limpeza seja feita, isso acaba barrando nosso trabalho”, conta.