Azul-Brizola
Ao voltar do exílio, Leonel Brizola se adaptou aos novos padrões visuais. Cortou o cabelo e adotou um estilo próprio de vestir para as campanhas eleitorais. A camisa azul com mangas arregaçadas foi, como o próprio diria, inexorável. Nas campanhas para governador do Rio, para presidente, nos comícios ou nos horários eleitorais, lá estava o Brizola com uma camisa azul. Mais do que seguidores na política, ele também ditou padrões de comportamento. Da ideologia à moda, o engenheiro deixou sua marca. Na Don Juan do Bella, do alto de seus 40 anos trabalhando com moda masculina, Ademir Santos lembrou sobre o Azul-Brizola. Nos anos 1980 e 1990, as pessoas procuravam camisas na cor Azul-Brizola. Já chegavam perguntando se tinha camisa nesta tonalidade. Ademir lembra que os estoques foram reforçados, porque vendia que era uma loucura. Mas isso seria coisa do passado? Não. Muitos ainda pedem camisas na cor Azul-Brizola. Isso que ele morreu há quase 14 anos. Brizola se foi, ficaram as suas obras voltadas à educação, como os Cieps, propiciando para muitas crianças um horizonte no mais puro tom Azul-Brizola.
Do Agá ao Agamemnon
Lá pelo final dos anos 1970, acho que a expressão mais utilizada era “agá”. Não sei exatamente a origem dessa gíria, mas acredito que esteja relacionada a um título de honraria oriental. Seu uso, claro, ocorria de forma restrita nos bastidores da mídia. Servia para rotular os mais salientes ou como sinônimo de elogio e badalação. ‘Fulano é um baita agá’, dizíamos sobre alguém em evidência. ‘Isso é muito agá’, expressávamos sobre os excessos de adjetivos. Vira e mexe, a conversa tinha agá no meio. Também representava protecionismo ou apadrinhamento, isso quando uma pessoa seria agá de alguém. Outra variante era o sujeito intrometido na imprensa, aquele que não é mas pensa que seria, que também era rotulado como agá. Na classificação potencial, os agás tinham um status. Lembro que para destacar o auge do agasismo, o agá era transformado em Agamemnon, reverenciando o herói grego. Atualmente o termo agá está em desuso. Mas não faltam agás e nem Agamemnons.
O modelo Comercial
Um trabalho eficaz necessita de uma liderança, um grupo de trabalho, objetivos, planejamento a médio e longo prazo, persistência e muita seriedade. O Clube Comercial conseguiu reunir tudo isso nos últimos 30 anos. Um grupo, liderado por Nereu Grazziotin, comemorou na semana passada os 30 anos de sucesso. De uma situação cambaleante, transformaram o Comercial em case nacional. Das palavras do presidente Nereu, considero muito interessante a sua preocupação em conhecer para não errar. Antes de decidir por obras ou novidades, a experiência de grandes clubes brasileiros serviu como modelo. Assim, os erros não foram repetidos e as ações positivas influenciaram como parâmetros. Hoje, em suas três sedes, o Comercial é um dos clubes mais modernos do país. É um case passo-fundense que pode ser seguido por outros segmentos. Inclusive na área pública.
Trilha sonora
Um violoncelo já é ótimo. Imaginem os sete instrumentos da Cellomania Croata na música de Jorge Ben Jor – Mas que Nada
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